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Meio Ambiente
Quarta - 17 de Maio de 2006 às 08:48

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As primeiras sequências do DNA nuclear do homem de Neandertal foram divulgadas em uma conferência científica em Nova York, nos Estados Unidos.

De acordo com a BBC, o geneticista Svante Paabo e sua equipe do Instituto de Antropologia Evolucionária Max Planck, em Leipzig, na Alemanha, anunciaram ter isolado longos segmentos do material genético do fóssil de um Neandertal de 45 mil anos de idade, encontrado na Croácia.

A pesquisa deve revelar o quão próxima do homem moderno, o Homo sapiens, era a espécie.

Os detalhes foram publicados pelo site de notícias científicas News@nature e mostram um avanço significativo em relação a pesquisas anteriores, que já haviam extraído DNA mitocondrial do homem de Neandertal (Homo neanderthalensis).

Este material fica na mitocôndria, a estrutura que leva energia às células, e apesar de as informações que ele traz serem bastante úteis, ele é mais limitado em alcance do que o DNA retirado do núcleo das células. O DNA nuclear é o que realmente dirige a bioquímica do organismo.

Código divergente Até agora, os cientistas conseguiram decodificar uma sequência de cerca de 1 milhão de pares-base, o que representa 0,03% do genoma do Neandertal. Os pares-base são as unidades de ligações químicas mais simples que mantém junta a hélice dupla do DNA.

As análises preliminares mostram que o cromossomo Y do Neandertal, que determina o sexo masculino no DNA, é bastante diferente do Y dos homens modernos ou dos chimpanzés. A diferença entre esse cromossomo em particular é maior do que entre outros cromossomos no genoma.

Os pares-base também mostram que o Neandertal diverge da linha evolucionária que levou aos humanos modernos há cerca de 315 mil anos. A conclusão pode sugerir que houve pouco cruzamento entre as espécies.

Os homens de Neandertal viveram na Europa e em partes do oeste e centro da Ásia de 230 mil anos atrás a 29 mil anos atrás.

Não se sabe que fatores levaram a sua extinção, mas mudanças climáticas e a competição de humanos modernos podem ter contribuído para que ele desaparecesse.





Fonte: Terra

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