Liberais sem resistência a siglas

Presidente regional do PL, o deputado federal Welinton Fagundes reafirmou que não tem dificuldades em conversar com nenhum partido político do Estado, nem mesmo em Rondonópolis, onde disputou a prefeitura contra o PPS e o PMDB. “Numa coligação, temos que ceder”, enfatizou Fagundes, cujo projeto prioritário para este ano é disputar a reeleição.

Segundo ele, a dificuldade do PL é decidir o projeto de governo a ser oferecido à população pelo candidato majoritário. “O PL quer colocar idéias e definir o programa de governo”, sustentou. Ele acrescentou que vai procurar um entendimento com todos. Porém alerta que alguns pontos são básicos para a legenda, a exemplo da área social.

Fagundes afirmou ainda que tanto ele como o deputado Hermínio Barreto nunca adotaram postura radical com relação ao governo, nem mesmo no campo pessoal. “Nós não fazemos parte do governo, mas sempre apoiamos a governabilidade, basta avaliar os projetos que aprovamos na Assembléia Legislativa”, pontuou o deputado federal.

Barreto, de fato, não fez oposição ao governo do Estado. Pelo contrário, sempre tem acompanhado a base governista.

Para ele, divergências pontuais sempre existem, até mesmo no governo.

“Vamos procurar um projeto de desenvolvimento para o Estado. Estamos aí com a crise do agronegócio. Creio que se algumas medidas que criticamos no passado tivessem sido adotadas, a crise não estaria tão grave. É tanto que a questão é mais grave em Mato Grosso se compararmos com os estados do Pará e do Goiás, embora reconheçamos que Mato Grosso é um Estado de abertura”, ponderou Fagundes.

Além da cautela, a base governista tem que gastar muita saliva. Isso porque Rondonópolis é o terceiro colégio eleitoral do Estado, com 109.207 eleitores, conforme dados de 2005 do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), o que pode fazer a diferença no pleito.

Apesar do discurso de entendimento das principais lideranças do PPS e do PL, o problema maior deve ficar mesmo com o PMDB. Pré-candidato ao governo do Estado pelo PMDB, o deputado José Carlos do Pátio tem visto o seu projeto ruir.