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Politica Brasil
Terça - 16 de Maio de 2006 às 06:52
Por: Marcia Raquel

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A lista dos servidores que poderão ser cortados do quadro da prefeitura de Cuiabá em função das novas medidas de contenção de despesas foi considerada insuficiente pelo prefeito Wilson Santos (PSDB). De acordo com o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Reginaldo Amorim, os secretários municipais deverão apresentar nesta quarta-feira (17) uma nova relação com mais cortes. A decisão final está sendo aguardada para a próxima segunda-feira.

“O prefeito considerou que o corte ainda estava insatisfatório, vamos chegar a 10% em cada secretaria”, disse Amorim ao sair da reunião da Câmara de Gestão Fiscal. As demissões vão atingir servidores DAS, contratados e estagiários. A prefeitura de Cuiabá conta hoje com um total de 12,8 mil funcionários.

Formado pelos secretários de Planejamento, Finanças (José Bussiki), pelo procurador-geral (José Antônio Rosa) e pelo auditor (Luiz Mário), a Câmara de Gestão Fiscal é a responsável pela análise de todos os gastos da prefeitura. “Todos os gastos daqui para frente vão passar pela aprovação da Câmara de Gestão Fiscal”, afirmou Amorim.

Além do corte, cerca de 200 servidores que estão cedidos para outros órgãos, sendo a maioria com ônus para a prefeitura, serão convocados para retornar ao Executivo Municipal. “No ano passado já foram chamados cerca de 300”, lembrou o secretário.

Esses servidores estão espalhados em vários órgãos do poder público, seja na esfera municipal, seja na estadual, a exemplo da Câmara dos Vereadores, Assembléia Legislativa e tribunais. O corte de horas extras deverá ficar na média de 60%.

Em relação aos estagiários, o corte vai depender da necessidade de cada secretaria. “Na Secretaria de Planejamento, por exemplo, o corte será de 50%”, adiantou Reginaldo Amorim. Na quarta-feira, uma nova análise deverá ser entregue ao prefeito Wilson Santos.

A expectativa é que a redução na folha de pagamento gere uma economia de até 15% em relação ao total do orçamento, que é de aproximadamente R$ 600 milhões.

Na área de investimento e custeio a economia também deve alcançar a margem de 10% a 15%. Uma das primeiras medidas a serem adotadas na área de custeio é a retomada de todos os prédios pertencentes ao município. Conforme Reginaldo Amorim, o objetivo é acabar com as despesas com aluguel.

Já na área de investimento, a prefeitura vai manter a meta anunciada pelo prefeito de investir em obras para a Capital. Diante deste posicionamento, o pacote de contenção de despesas prevê também o corte de até 30% em programas de qualificação profissional, como o Aprender Fazendo.

Na próxima segunda-feira, o prefeito Wilson Santos deverá “bater o martelo” e anunciar o corte definitivo. A previsão é de que todas as medidas sejam implementadas a partir do dia 1º de junho. O crescimento da folha de pagamento do mês de março para abril em R$ 1,5 milhão, em função sobretudo do reajuste antecipado do salário mínimo, foi uma das causas do corte de gastos anunciado.





Fonte: Diário de Cuiabá

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