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Economia
Segunda - 15 de Maio de 2006 às 16:30
Por: Nelson Alves

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Na manhã de segunda-feira, 15, dezenas de pecuaristas de Nova Olímpia fizeram um ato de solidariedade e apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais defronte ao escritório do INDEA, onde também funciona a Empaer e Secretaria de Agricultura. Na oportunidade, o escritório foi fechado, e os servidores do órgão paralisaram suas atividades.

O movimento faz parte da adesão da Associação dos Criadores do Estado de Mato Grosso (Acrimat), ao movimento "Grito do Ipiranga", e pode significar o desabastecimento de carne no mercado, haja vista que os pecuaristas em Cuiabá e cidades do interior do Estado decidiram fechar as unidades do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), órgão que, entre outras funções, é responsável pela emissão das Guias de Trânsito de Animais (GTAs). Sem o documento o criador não pode tirar nenhum animal da propriedade e, portanto, não haverá transporte de bovinos no Estado.

Conforme disse alguns líderes do movimento em Nova Olímpia, a previsão é que num prazo de 24 horas os frigoríficos já irão sentir o desabastecimento e terão que parar o abate por falta de matéria-prima. Só nesta segunda-feira, em Barra do Bugres, mais de 100 pecuaristas participam do protesto que tem o apoio do sindicato rural do município. Na localidade, de forma pacífica eles fecharam o prédio do órgão com uma corrente e conversaram com os funcionários do órgão explicando o motivo da manifestação. Os funcionários retornaram para casa. Nos municípios de Rio Branco e Guarantã do Norte, as unidades do Indea também estão fechadas.

Segundo informações, a intenção dos pecuaristas é fechar todas as unidades do INDEA durante toda esta semana.

Conforme líderes do movimento, o fechamento do órgão do município é por tempo indeterminado.

Segundo ainda falaram, a situação por qual está passando os setores produtivos, principalmente com o enfraquecimento da agricultura é inadmissível e uma solução deve ser tomada o mais breve possível. De acordo com eles, o governo precisa olha a situação e negociar com os produtores rurais.

PROTESTO - O protesto dos produtores completa um mês nesta quinta-feira - desde que a primeira ação foi desencadeada em Ipiranga do Norte (120 km de Sorriso), ganhou adesões em mais de 10 Estados. Os produtores consideram que a medida anunciada pelo governo, de liberar R$ 1 bilhão para garantir preços mínimos para a soja é apenas paliativa e não favorece a maioria dos agricultores, ou seja, aqueles que já venderam a produção e não serão beneficiados com mais R$ 6 por saca.

Os produtores também reivindicam pacto de 180 dias com todos os credores, sejam eles empresas e ou instituições financeiras dos setores privado e público.





Fonte: Da Assessoria

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