Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica Brasil
Sábado - 13 de Maio de 2006 às 08:55
Por: Téo Menezes

    Imprimir


O ex-presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM) e ex-prefeito de Reserva do Cabaçal, Ezequiel Ângelo Fonseca (PP), afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que o empresário Darci José Vedoin, um dos acusados de liderar a máfia das ambulâncias, tinha "bom trânsito" na classe política estadual.

Ezequiel também garantiu desconhecer qualquer pagamento de propina para que deputados indicassem emendas para compra de material hospital. Sobre Darci, um dos proprietários da Planam e que seria um dos chefes do esquema que desviou mais de R$ 100 milhões dos cofres públicos, o ex-presidente da AMM confirmou que ele procurava prefeitos "oferecendo ambulâncias".

Ezequiel foi ouvido pela PF no mês passado, antes de estourar a Operação Sanguessuga. Assim como ele, prestaram depoimentos à época os prefeitos Augustinho Freitas (Pedra Preta), Oscar Bezerra (Juara) e Aniceto Miranda (Barra do Bugres). Esses municípios também receberam automóveis a partir de recursos do Ministério da Saúde. Os prefeitos garantem não haver qualquer irregularidade.

"Eu disse à polícia que conhecia o Darci porque ele sempre estava nos eventos políticos. Conheci mesmo antes de 2001, quando a Planam venceu uma licitação em Reserva do Cabaçal para compra de uma unidade móvel", relatou Ezequiel, ao classificar Darci Vedoin como alguém "falador, dinâmico e de bom trânsito político".

Apesar de reconhecer a proximidade do empresário com prefeitos e deputados, Ezequiel assegura desconhecer o grupo político que supostamente seria ligado a Darci. "Ele procurava a gente dizendo que trabalhava com venda de ambulâncias. É só isso".

O ex-presidente da AMM também reclama da superexposição dos supostos envolvidos no esquema. No caso de Reserva do Cabaçal (a 412 km a Oeste de Cuiabá), foram comprados dois automóveis junto à empresa Planam, um odontomóvel e uma ambulância. Cada um custou aos cofres públicos R$ 88,8 mil. Como o valor passou de R$ 80 mil, deveriam ser adquiridos através de tomada de preço e não carta-convite, o que, segundo a PF, teria possibilitado o superfaturamento. As irregularidades teriam ocorrido entre 2001 e 2004, quando a AMM foi presidida por Ezequiel e Érico Piana, ex-prefeito de Primavera do Leste.





Fonte: A Gazeta

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/301374/visualizar/