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Politica Brasil
Quinta - 11 de Maio de 2006 às 07:38
Por: Andréa Fontes

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Foi entregue ontem ao Ministério Público Federal (MPF) um disquete com informações do número de ambulâncias compradas no esquema entre a Planam Veículos Especiais de Saúde e parlamentares federais. O advogado de Maria da Penha Lino, ex-funcionária do Ministério da Saúde, Eduardo Mahon, afirma que também há dados no disquete sobre os municípios que receberam as ambulâncias, o valor de cada uma e a origem (emendas).

Este disquete teria sido gravado por Penha quando ela trabalhou na empresa Planam. "São dados objetivos (do esquema). Mais óbvio que isso é impossível", ressaltou o advogado, acrescentando que com este disquete a Polícia Federal poderá saber qual o deputado que liberou a emenda para a compra de cada ambulância.

Eduardo Mahon informou ainda que tanto a defesa de Maria da Penha como a PF estão à procura de uma agenda onde constam os nomes dos parlamentares envolvidos no esquema, além de um "backup" (cópia de segurança) que Maria da Penha teria feito em um computador da Planam, onde constariam valores pagos e nomes de parlamentares.

Segundo o advogado, sua cliente sabia que existiam irregularidades na empresa onde trabalhou antes de ir para o Ministério da Saúde e "queria guardar provas", por isso teria o disquete e feito o "backup", que ainda não foi localizado. Mahon já afirmou em outra oportunidade que sua cliente sabia do esquema e "não contou porque não quis".

Até o fechamento desta edição, Maria da Penha não tinha voltado a prestar depoimento à PF. Uma petição de seu advogado requeria que o depoimento voltasse a ser tomado ontem e que também fossem realizadas as acareações com os demais citados na operação "Sanguessuga". Segundo informações da PF, as acareações começam hoje.

No depoimento prestado à PF na última segunda-feira, Maria da Penha teria citado a participação de 170 parlamentares no esquema. Apesar de ter sido ouvida durante quatro horas, o depoimento não foi concluído. Seu advogado aponta que na próxima oitiva quer apresentar para Penha uma lista com os parlamentares da legislatura anterior, para que ela possa apontar também ex-deputados que estariam envolvidos no esquema.

Planam - A Planam já tinha conhecimento das investigações da PF, que culminaram com a operação "Sanguessuga", desde o ano passado. Em setembro de 2005 o advogado dos proprietários impetrou um mandado de segurança no Tribunal Regional Federal devido aos telefones grampeados. Houve negativa na liminar. Apesar de ter conhecimento das investigações, os proprietários não tomaram outras providências e foram presos na operação. Darci José Vedoin e Luiz Antônio Trevisan Vedoin continuam presos.





Fonte: A Gazeta

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