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Politica Brasil
Quinta - 11 de Maio de 2006 às 07:19
Por: Téo Meneses

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Os deputados mato-grossenses Wellington Fagundes (PL) e Ricarte de Freitas (PTB) estão na lista de 16 parlamentares que serão investigados pela Comissão de Sindicância da Câmara para comprovar se receberam, de fato, propina a partir de compra superfaturada de ambulâncias. Por outro lado, foram arquivados ontem os processos contra os deputados Lino Rossi (PP), Thelma de Oliveira (PSDB) e Pedro Henry (PP).

A continuidade do processos contra Ricarte e Fagundes foi determinada por causa dos indícios de participação dos parlamentares no desvio de aproximadamente R$ 110 milhões. O esquema foi desbaratado na última quinta-feira pela Operação Sanguessuga.

Ricarte teve uma ligação telefônica grampeada pela Polícia Federal em que conversa com a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino. Em poucos minutos de diálogo, o parlamentar diz que precisaria viabilizar uma emenda para o município de Luciara (a 1.180 km a Nordeste de Cuiabá) para garantir o próprio "Natal".

Fagundes teria cobrado propina de 20% para propor um convênio em favor de Juara (a 737 km a Noroeste da Capital). Não teve a voz grampeada pela PF, mas é citado por membros da organização criminosa.

O arquivamento dos processos que envolvem os deputados do PP e do PSDB, por outro lado, foi decidido no início da noite. Foi confirmado aos próprios parlamentares através do presidente da Comissão, Ciro Nogueira (PP-PI). Dos 62 deputados investigados pelo Ministério Público Federal, apenas 16 vão ter a participação apurada imediatamente pela Câmara - confira a relação completa no quadro à esquerda.

O corregedor da Câmara disse que outros nomes ainda podem ser incluídos entre os investigados, a depender das investigações da PF. Apesar da decisão da Comissão, Lino Rossi, Thelma e Henry ainda poderão ser investigados, caso apareça algum indício de envolvimento dos parlamentares. Todos negam qualquer irregularidade na indicação de emendas. Em depoimento à PF, Maria da Penha afirmou que, ao todo, 170 parlamentares de diversos Estados participavam das fraudes. Eles receberiam propina da empresa Planam para garantir emendas que viabilizariam a compra de ambulâncias e de UTis Móveis.





Fonte: A Gazeta

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