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Politica Brasil
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 09:01
Por: Jose Maria Mayrink

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu à cúpula da Igreja, em carta enviada ao presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Geraldo Majella Agnelo, que está fazendo tudo para cumprir os compromissos que assumiu com o povo brasileiro.

"Nada, nenhum interesse particular, nenhuma crise política, neste tempo, tirou-nos o ânimo, o entusiasmo e a decisão de trabalhar por esses ideais", afirmou Lula.

"Se muitas foram as angústias e dores, quero lhes assegurar que têm sido muitas as alegrias e satisfações", acrescentou. Segundo o presidente, sua principal satisfação é "a certeza de que nosso povo mais pobre começa a experimentar os resultados de uma política que faz uma opção definida por essa maioria de brasileiros".

A mensagem, que foi lida ontem na abertura da Assembléia Geral dos bispos em Itaici, no município paulista de Indaiatuba (SP), termina com uma promessa: "O senhor pode ter a certeza, d. Geraldo, que estes princípios e este ânimo estarão presentes, com a graça de Deus, até o último dia deste mandato."

O presidente petista agradeceu "o diálogo, o apoio, e as críticas fraternas" que marcaram sua convivência com a CNBB em quase três anos e meio de governo.

Os bispos gostaram da carta de Lula, mas não deixaram de alertar o governo para a gravidade da crise política provocada por denúncias de escândalos. "É uma carta objetiva, que reconhece o direito da Igreja de falar com liberdade", elogiou o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Cláudio Hummes, depois de lembrar a onda de "fatos profundamente lamentáveis apurados pela CPI e os escândalos que envolvem um partido (PT) que se dizia defensor da ética", destacou o presidente Lula da Silva, que já está em pré-campanha à reeleição.

Para o arcebispo de Porto Velho, d. Moacyr Grechi, "o caixa 2, que todo mundo fez, o PT não poderia fazer". O bispo de Blumenau, d. Angélico Sândalo Bernardino, cobrou a punição de culpados, estranhando que o plenário da Câmara tenha absolvido parlamentares que, na avaliação da Comissão de Ética, deveriam ser cassados.

"O Brasil é muito mais corrupto do que se imagina", afirmou o bispo.





Fonte: AE

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