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Politica Brasil
Quarta - 10 de Maio de 2006 às 08:09
Por: Marcos Lemos

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O PPS se reuniu ontem para tentar unificar o discurso entre a base partidária e os entendimentos que a cúpula tenta manter com os outros partidos que desde 2002 acompanham o governo de Blairo Maggi. Com discursos voltados para a composição de chapa pura e pela candidatura de Percival Muniz para o Senado Federal e de Iraci França para continuar como vice, a candidatura à reeleição do governador ficou em segundo plano, segundo o presidente do partido, Percival Muniz, por se tratar de um candidato hors-concours, ou seja, não tem candidato para disputar contra ele.

Os discursos da cúpula partidária destoam da base partidária. Tanto Percival Muniz quanto Roberto França, e mais tarde o governador Blairo Maggi, colocaram que o partido terá candidato em todos os níveis, mas não de forma definitiva, ou seja, está aberto e está conversando com vários partidos, inclusive o PFL, o PSDB e até mesmo o PMDB. “Se conseguirmos afunilar em apenas um nome para o Senado Federal, o PPS abre mão de sua indicação. Agora, se tiver mais de um nome, o partido se sente no direito de também ter candidato”, disse Percival Muniz, muito mais aclamado como candidato do que o próprio governador.

Ele lembrou inclusive que a crise no Pais está tão feia que o PPS tem que se juntar aos melhores nomes, independente do partido. Ele se refere ao PSDB, no caso da candidatura nacional.

Roberto França foi mais longe ao frisar que sempre defendeu uma ampla coligação para se atingir um único objetivo, reeleger o governador Blairo Maggi para mais quatro anos do governo que tem respaldo popular e político. França não titubeou em relação à sua esposa Iraci França, vice-governadora do Estado, que vem tendo seu nome lembrado para novamente compor a chapa majoritária. “Ela sempre foi companheira e leal, desde quando ninguém acreditava na candidatura Blairo Maggi. Hoje muitos querem ser candidatos porque sabem do favoritismo do governador e do PPS, mas nem eu, que era candidato ao Senado, nem Iraci seremos empecilho para a construção de um entendimento maior”, disse.

Mesmo com discursos pró-candidatura com chapa própria, o PPS não pressionou o governador Blairo Maggi, que conseguiu o aval para construir a unidade que fosse melhor para o processo de reeleição. O aval oferecido ao governador não foi suficiente para as críticas a possíveis coligações com partidos envolvidos hoje com denúncias de corrupção e que ao ver dos partidários poderiam sujar a ética, a honestidade e a lisura que o governo Maggi demonstrou até o momento.

O presidente do PPS, Percival Muniz, se limitou a dizer que o deputado Welinton Fagundes (PL), que vem sendo indicado por seu partido, pelo PP e pelo PTB como candidato ao Senado Federal, nunca foi da base política de apoio ao governador Blairo Maggi, mas pode vir a somar se tiver condições. Percival praticamente descartou a indicação do parlamentar que tem base eleitoral em Rondonópolis, reduto eleitoral do próprio governador.

O coordenador da campanha de reeleição, Luiz Antônio Pagot, também considerou como difícil uma aproximação com o PL.





Fonte: Diário de Cuiabá

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