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Internacional
Domingo - 07 de Maio de 2006 às 15:50

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A agência Mossad, de serviço secreto de Israel, matou um palestino procurado por seqüestros de aviões dando a ele chocolates belgas envenenados, por mais de seis meses na década de 1970, de acordo com relatos de Aaron Klein em seu novo livro. Na obra ¿Striking Back¿ é possivelmente a primeira vez que detalhes de assassinatos vieram à luz, o que oferece ao leitor a idéia de que Israel é sofisticada em envenenamentos.

No livro, Klein descreve como Israel capturou, em Bagdá, Wadia Haddad, um membro da frente popular para a libertação da Palestina. Klein disse a Rádio de Israel que Haddad tinha se escondido na capital Iraquiana depois que Israel começou a matar militantes Palestinos por todo o mundo.

Suspeito de múltiplos seqüestros, incluindo a tomada de um avião da Air France em Uganda, Haddad sabia que pelas táticas usadas por Israel, ele poderia ser atingido por um tiro ou uma bomba enquanto caminhasse pela rua ou atendesse um telefonema.

Klein, correspondente da revista Time em Jerusalém, disse que Haddad era cuidadoso em cada um de seus movimentos, evitando viajar para fora do Iraque. Mas o amante de comidas que pesava 140 quilos tinha uma fraqueza: chocolate.

No ano de 1977, em Bagdá, luxurias como chocolates finos eram raras. Com a ajuda de um palestino que trabalhava para Mossad e havia chegado perto de Haddad, a agência pôde alimentar Haddad com chocolates comprados na Bélgica e ¿recheados¿ com veneno por mais de seis meses. Haddad morreu em março de 1978, mostrando apenas sintomas de leucemia e nenhum sinal de envenenamento.

¿Esta eliminação foi muito bem sucedida, porque desde o momento em que a pessoa foi eliminada e parou de trabalhar, toda a atividade terrorista, especialmente o seqüestro de aviões, terminou¿, disse Klein.

Segundo Klein, a habilidade da Mossad de envenenar melhorou ao longo dos anos. Em 1997, na Jordânia, agentes de Israel injetaram um veneno no líder do Hamas, Khaled Mashaal, que o teria matado em 24 horas. A trama foi descoberta e a Jordânia forçou Israel a providenciar um antídoto rápido o bastante para salvar Mashaal.

Desde a morte de Yasser Arafat, em 2004, rumores de que o líder palestino foi envenenado por Israel tem rodado o mundo árabe. Klein disse que não há evidências de que Israel matou Arafat, mas seria preciso anos para provar um possível envenenamento.

Arafat morreu em um hospital de Paris em 2004 de um sério derrame seguido de uma repentina deterioração da sua saúde. Os boletins médicos não foram conclusivos sobre a causa da morte, levando alguns Palestinos a implicarem com Israel.

O livro de Klein foi recentemente traduzido para o idioma hebraico e é vendido em Israel.





Fonte: CNN

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