Com medo da torcida, Corinthians se esconde no interior

Com medo da reação da torcida, revoltada com a eliminação na Copa Libertadores, os jogadores do Além de transferir o clássico do próximo domingo contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro, para São José do Rio Preto, a 440km da capital, a diretoria e a comissão técnica cogitam viajar direto para Maringá (PR), local da partida contra o Paraná, no próximo dia 14.

Passar uma semana longe da pressão da Fiel deve amenizar a crise. A viagem depende do resultado no clássico e de vagas em hotéis.

Na tarde deste sábado, em Rio Preto, os jogadores treinam. O clube não quis divulgar local e horário do treino.

O técnico Ademar Braga, que continuará no comando pelo menos até o próximo domingo, não sabe quem escalar contra o São Paulo.

"Eles (os jogadores) é que vão decidir se jogam ou não. Se eles estiverem bem, falarem que podem jogar. Eu não entro na cabeça de ninguém", disse Braga, em um hotel da região da Avenida Paulista, onde a delegação se refugiou após a derrota por 3 a 1 para o River Plate.

A prioridade do técnico, agora, é reerguer o moral do grupo, que está abalado e com medo da torcida.

"Eles só têm uma chance de se recuperarem: jogando. Temos de nos recuperar e ir bem no Brasileiro para conquistarmos nova vaga para a Libertadores do ano que vem".

Preocupada com a segurança em Rio Preto, a diretoria do Corinthians solicitou e recebeu as diretrizes da Polícia Militar no interior.

O fato de o adversário da próxima partida ser o rival São Paulo pode agravar ainda mais a crise corintiana.

Ademar Braga, no entanto, tenta ver um aspecto positivo nisso.

"É bom e ruim enfrentar o São Paulo agora. Se ganharmos, será ótimo porque precisamos nos recuperar do abalo dessa eliminação".