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Politica Brasil
Sábado - 06 de Maio de 2006 às 04:25

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Na reunião de cúpula entre os presidentes da Argentina, Bolívia, Venezuela e Brasil, realizada em Foz do Iguaçu, no último dia 4 de maio, o que se viu foi, antes de tudo, uma reunião de amigos. Muy amigos.

O que podemos perceber, na verdade, é que o Presidente Lula tem amigos que não se mostram verdadeiros amigos de nosso país. Os presidentes da Bolívia, Venezuela e Argentina, Evo Morales, Hugo Chávez e Nestor Kishner, respectivamente, não se cansam em dar demonstrações que vêem o Brasil, como um grande inimigo.

Evo Morales, amigo do Presidente Lula (a quem chama de “irmãozinho”), desde seus discursos de campanha vem prometendo uma série de medidas que assustavam enquanto eram promessas. Agora, começou a cumpri-las. A política internacional de Morales tem sido feia por “braçadas contra a maré”. Ele parece conduzir a Bolívia interpretando os textos marxistas, que falam, dentre outras coisas, em colonização de um país pelo outro, ainda com a ótica do século XIX.

As ações do Presidente da Bolívia têm perturbado a ordem internacional. Se fazendo valer da justificativa por uma luta contra o imperialismo, ele não hesita em quebrar contratos. Quando nacionalizou as reservas de petróleo e gás bolivianos, mandando o exército invadir as instalações da Petrobrás e dando um prazo de 180 dias para as empresas estrangeiras se adequarem às novas regras que criou, ele ignora as leis internacionais, tal qual fez o presidente Argentino Nestor Kishner, na moratória aos seus credores.

Para Mato Grosso, especificamente, a ação de Morales importa em aumento dos impostos sobre o gás, de cinqüenta para oitenta e dois por cento, perfazendo um aumento de sessenta e quatro por cento sobre o valor atual. O Governador Blairo Maggi já declarou que o Estado não suporta um reajuste superior a 20% (vinte por cento) e cobrou uma postura mais firme do presidente Lula.

Postura mais firme como teve o primeiro ministro espanhol, ao advertir Morales que a Espanha não vai aceitar um desrespeito ou uma violação aos interesses daquele país em território boliviano.

É evidente a necessidade de se agir com cautela em um momento delicado como este para a comunidade sul-americana. No entanto é inadmissível a passividade com que o caso vem sendo tratado. É inadmissível que se esperem os 180 dias, como querem os governistas, para que se descubra se a situação será ou não resolvida. É inadmissível tamanha apatia quando todos cobram firmeza do presidente.

No mais, se o motivo que justifica a inércia brasileira é a preocupação com o Mercosul, mais uma vez a posição estacionária do governo federal é suspeita. O Uruguai tem dado claras mostras que sairá do Mercosul e o presidente Hugo Chávez, outro companheiro do presidente Lula, tem mantido estreitas relações financeiras de apoio a Cuba e à Argentina.

A Venezuela, aliás, é outro país que tem feito um barulho incomum no cenário internacional. Tem gerado tumulto, ajuda aumentar a desconfiança mundial na América do Sul, vive aos “trancos e barrancos” com os Estados Unidos, mas até o momento não descumpriu o contrato e continua fornecendo petróleo aos “yanques” e respeitando os termos do contrato. É Claro que nesse caso, o contrato é altamente rentável aos interesses venezuelanos.

Hugo Chávez, no entanto, tem sugerido a Morales que ignore os contratos, como os com a Petrobrás. Morales aceitou a sugestão.

Cháves não transmite segurança. Evo Morales, nem se fala. O presidente argentino, a cada dia tem lançado medidas que prejudicam a economia brasileira, restringindo a entrada de mercadorias produzidas no Brasil, como geladeiras, equipamentos de informática, dentre outros. O Mercosul tem se tornado um sonho, cada vez mais distante, e a América do Sul, têm caminhado para se tornar um barril de pólvora.

É impressionante a capacidade que tem o presidente brasileiro de escolher amigos (diga-me com quem andas...) que tanto maltratam nosso país (... que te direi quem és!). Morales, Kishner e Chávez: amigos do Lula, inimigos do Brasil.





Fonte: Da Assessoria

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