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Cultura
Sexta - 05 de Maio de 2006 às 16:15
Por: Francisca Medeiros

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Prestes a completar quarenta anos de carreira, o artista plástico sul-matogrossense Humberto Espíndola continua a ser questionado a respeito do tema que escolheu para uma vida inteira de obras: o boi. “As pessoas ainda me perguntam por que eu pinto o boi. Acho que elas se esquecem que comem carne todos os dias”, diverte-se. Brincadeiras à parte, o premiado artista plástico hoje se sente realizado por ter conseguido introduzir a beleza do boi no imaginário popular.

Até então, o espaço reservado para ele na vida do homem resumia-se ao pasto. Dentro de casa, estampados nas telas como representações da cultura e da natureza, entravam somente outros animais. “Eu pensava: por que o cavalo merece freqüentar as paredes e o boi não?”, relembra. Fato é que, além da hipótese do mero desdém, da desvalorização dos elementos do cotidiano rural, a figura do boi sempre esteve carregada de preconceitos contra alguns elementos próprios dela. No Brasil, o chifre, por exemplo, é mal visto e chega a ser demonizado, mas em algumas civilizações orientais é símbolo de poder.

Quebrando paradigmas e preconceitos, a obra de Humberto Espíndola caminhou lado a lado com o crescimento da bovinocultura no país. Juntos, força econômica e cultural, contribuíram para o reconhecimento da beleza plástica do boi e para o surgimento de outra simbologia do animal, hoje mola propulsora da economia do país. Exemplo disso, cita o artista, são os leilões. Transmitidos pelas emissoras de tv, estes eventos tornaram-se palco de um novo culto à estética, desta vez a estética do boi melhorado geneticamente, de animais com características excepcionais, símbolos de força e poder. “O boi deitado tem uma beleza barroca, aquela coisa do excesso, das dobraduras”, delicia-se Espíndola.

O lugar do boi no Brasil de quarenta anos atrás se modificou. Deixou a subsistência e passou à ponta das exportações carregando consigo grande parte da pujança do agronegócio. Após muito tempo de jornada paralela, artista e pecuaristas encontram-se agora em um espaço de celebração da arte e de fomento à atividade do campo. Trata-se da exposição “BovinoCultura-Obras Recentes” que desembarca no próximo domingo no Enipec 2006 - Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária -, cujo projeto teve apoio do Conselho Estadual da Cultura. O Enipec abre neste domingo (7) e vai até 12 de maio no Centro de Eventos do Pantanal.

São 13 pinturas em acrílica sobre tela, sete esculturas e um grandioso painel de 9,6m². Nestas obras, é possível reconhecer um pouco das diversas fases do artista. Na área externa do Centro de Eventos, o público poderá admirar uma tela da fase “Rosa-boi” (2004), sete obras da série “Cupins” (2001-2004), o quadro “Boiada”, da fase Nelore (2004) e mais quatro trabalhos de uma fase recente, a “Iconografia Guaicuru” (2005), nos quais mistura o couro com elementos figurativos, em uma abordagem mais abstraída. As telas desta última fase acabam de chegar da exposição “Territórios”, realizada no Museu de Arte Contemporânea (MAC), da Universidade de São Paulo (USP).

O painel de quase dez metros quadrados é feito de couro de boi pirografado, isto é, marcado por ferro quente. Nas esculturas, foram usados chifres naturais, de tamanhos raros. Não à toa, receberam o nome de “estandartes de chifres”. A exposição do sul-matogrossense reserva ainda uma última e bela surpresa ao público: a escultura em aço “O Carro-chefe”, inaugurada no último aniversário de Cuiabá em frente ao Centro de Eventos do Pantanal.

Serviço: o Espaço Cultural poderá ser visitado de segunda (8) a sexta (12), das 8h às 20h na Esplanada do Centro de Eventos do Pantanal. Prestes a completar quarenta anos de carreira, o artista plástico sul-matogrossense Humberto Espíndola continua a ser questionado a respeito do tema que escolheu para uma vida inteira de obras: o boi. “As pessoas ainda me perguntam por que eu pinto o boi. Acho que elas se esquecem que comem carne todos os dias”, diverte-se. Brincadeiras à parte, o premiado artista plástico hoje se sente realizado por ter conseguido introduzir a beleza do boi no imaginário popular.

Até então, o espaço reservado para ele na vida do homem resumia-se ao pasto. Dentro de casa, estampados nas telas como representações da cultura e da natureza, entravam somente outros animais. “Eu pensava: por que o cavalo merece freqüentar as paredes e o boi não?”, relembra. Fato é que, além da hipótese do mero desdém, da desvalorização dos elementos do cotidiano rural, a figura do boi sempre esteve carregada de preconceitos contra alguns elementos próprios dela. No Brasil, o chifre, por exemplo, é mal visto e chega a ser demonizado, mas em algumas civilizações orientais é símbolo de poder.

Quebrando paradigmas e preconceitos, a obra de Humberto Espíndola caminhou lado a lado com o crescimento da bovinocultura no país. Juntos, força econômica e cultural, contribuíram para o reconhecimento da beleza plástica do boi e para o surgimento de outra simbologia do animal, hoje mola propulsora da economia do país. Exemplo disso, cita o artista, são os leilões. Transmitidos pelas emissoras de tv, estes eventos tornaram-se palco de um novo culto à estética, desta vez a estética do boi melhorado geneticamente, de animais com características excepcionais, símbolos de força e poder. “O boi deitado tem uma beleza barroca, aquela coisa do excesso, das dobraduras”, delicia-se Espíndola.

O lugar do boi no Brasil de quarenta anos atrás se modificou. Deixou a subsistência e passou à ponta das exportações carregando consigo grande parte da pujança do agronegócio. Após muito tempo de jornada paralela, artista e pecuaristas encontram-se agora em um espaço de celebração da arte e de fomento à atividade do campo. Trata-se da exposição “BovinoCultura-Obras Recentes” que desembarca no próximo domingo no Enipec 2006 - Encontro Internacional dos Negócios da Pecuária -, cujo projeto teve apoio do Conselho Estadual da Cultura. O Enipec abre neste domingo (7) e vai até 12 de maio no Centro de Eventos do Pantanal.

São 13 pinturas em acrílica sobre tela, sete esculturas e um grandioso painel de 9,6m². Nestas obras, é possível reconhecer um pouco das diversas fases do artista. Na área externa do Centro de Eventos, o público poderá admirar uma tela da fase “Rosa-boi” (2004), sete obras da série “Cupins” (2001-2004), o quadro “Boiada”, da fase Nelore (2004) e mais quatro trabalhos de uma fase recente, a “Iconografia Guaicuru” (2005), nos quais mistura o couro com elementos figurativos, em uma abordagem mais abstraída. As telas desta última fase acabam de chegar da exposição “Territórios”, realizada no Museu de Arte Contemporânea (MAC), da Universidade de São Paulo (USP).

O painel de quase dez metros quadrados é feito de couro de boi pirografado, isto é, marcado por ferro quente. Nas esculturas, foram usados chifres naturais, de tamanhos raros. Não à toa, receberam o nome de “estandartes de chifres”. A exposição do sul-matogrossense reserva ainda uma última e bela surpresa ao público: a escultura em aço “O Carro-chefe”, inaugurada no último aniversário de Cuiabá em frente ao Centro de Eventos do Pantanal.

Serviço: o Espaço Cultural poderá ser visitado de segunda (8) a sexta (12), das 8h às 20h na Esplanada do Centro de Eventos do Pantanal.





Fonte: Da Assessoria

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