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Meio Ambiente
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 17:12

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A camada de ozônio está mostrando sinais de recuperação, graças à queda do uso de químicos que provocam sua destruição, mas não deve se estabilizar nos níveis pré-1980, afirmaram pesquisadores na quarta-feira.

A destruição da camada de ozônio que protege a Terra é causada pela ação química das substâncias clorina e bromina liberadas pelos clorofluorcarbonos (CFCs) produzidos pelos homem e usados em sprays aerosol e equipamentos de refrigeração.

Os produtos químicos que destroem a camada de ozônio foram proibidos pelo Protocolo de Montreal de 1987, que já foi assinado por 180 nações.

"Agora temos alguma confiança de que a camada de ozônio está respondendo à queda do nível de clorina na atmosfera graças à diminuição dos CFCs", disse a doutora Betsy Weatherhead, da Universidade de Colorado.

"Não só a camada de ozônio está melhorando, como também achamos que isso é efeito do Protocolo de Montreal", afirmou na entrevista.

A destruição da camada de ozônio, que absorve a maioria dos efeitos prejudiciais da radiação ultravioleta do Sol, aumenta o risco de câncer de pele e catarata nos humanos e pode prejudicar as lavouras e a vida marinha.

Apesar dos sinais de recuperação, Weatherhead, que publicou as descobertas na revista científica Nature, disse que as pessoas ainda precisam se proteger dos nocivos raios ultravioleta.

Weatherhead e Signe Bech Anderson, do Instituto Meteorológico Dinamarquês, em Copenhague, analisaram os dados de satélites, estações terrestres e informações de 14 estudos.

Eles descobriram que os níveis de ozônio se estabilizaram ou cresceram levemente nos últimos 10 anos. Mas a recuperação total ainda levará décadas.

Os pesquisadores disseram que a destruição foi mais severa nos pólos e, num grau um pouco menor, nas latitudes médias cobrindo faixas da América do Norte, América do Sul e Europa.

As alterações de temperatura, o gases do efeito estufa, o óxido nitroso (N20) e as dinâmicas atmosféricas, que podem influenciar o nível de ozônio, mudarão no futuro, disseram.

"Portanto realmente não sabemos se o ozônio vai se estabilizar nos níveis anteriores à emissão das substâncias destruidoras", disse Weatherhead.

A atividade vulcânica na Terra também tem impacto. A erupção do Monte Pinatubo, nas Filipinas, em 1993, fez os níveis de ozônio diminuírem durante anos, segundo os pesquisadores.





Fonte: Reuters

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