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Politica Brasil
Quarta - 03 de Maio de 2006 às 11:14

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem em conversas reservadas que compreende a decisão da Bolívia de nacionalizar as suas reservas de hidrocarbonetos. Chegou a falar que o país vizinho "fez o mesmo que o Brasil" no passado, assumindo controle de recursos naturais que julga estratégicos para se desenvolver.

Em reunião com ministros, descartou radicalização. Orientou-os a negociar com La Paz, "defendendo as empresas brasileiras, mas respeitando a soberania da Bolívia", segundo expressão de um auxiliar. Lula pediu ainda que ministros tranqüilizassem os consumidores (industriais e residenciais), afirmando que o suprimento do gás está garantido.

Apesar de ter ficado contrariado por não ter sido avisado previamente e pela forma da nacionalização (ocupação militar de instalações da Petrobras), Lula não demonstrou arrependimento pelo apoio à eleição de Evo Morales.

Sua preocupação imediata foi pedir aos auxiliares um diagnóstico dos danos ao Brasil. Queria se informar antes de falar por telefone com Morales. Os dois deverão se encontrar amanhã. Antes, Lula pedirá ajuda aos presidentes da Argentina, Néstor Kirchner, e da Venezuela, Hugo Chávez, para convencer Morales a evitar radicalizações e um eventual isolamento internacional. Os dois também devem estar na reunião.

Lula demonstrou preocupação com um aumento do preço do gás natural no curto prazo e com o suprimento do produto para a indústria brasileira no médio prazo.

A respeito dos investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão da Petrobras na Bolívia, Lula ouviu de auxiliares que a estatal poderá ser indenizada com gás. O valor investido pela Petrobras é tido pelo governo como relativamente pequeno em relação aos negócios da estatal, que teria como absorver o choque sem elevação de preços.





Fonte: 24Horas News

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