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Meio Ambiente
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 18:40

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GLEN OAKS, EUA - Pesquisadores da psiquiatria do Instituto Feinstein para Pesquisa Médica descobriram evidências de um gene que parece influenciar a inteligência. Trabalhando em conjunto com pesquisadores do Centro de Harvard de Parceiros para a Genética e o Genoma, a equipe de pesquisadores examinou as impressões genéticas de indivíduos com esquizofrenia, distúrbio caracterizado por déficits cognitivos, e os comparou com voluntários saudáveis. Eles descobriram que o gene disbindina-1, que já se sabia estar ligado à esquizofrenia, pode também estar ligado à habilidade cognitiva geral. O estudo será publicado na edição de 15 de maio da Human Molecular Genetics e já está disponível online.

"Um grande número de evidências sugere que as habilidades cognitivas, particularmente a inteligência, são significativamente influenciadas por fatores genéticos. Dados já existentes sugerem que o gene pode influenciar a cognição", disse Katherine Burdick, autora do estudo. "Nós olhamos muitas variações na seqüência do DNA com o gene disbindina e descobrimos que uma delas estava associada a uma baixa habilidade cognitiva geral em pessoas que carregavam a variante de risco, comparado a outros que não carregavam, em dois grupos independentes".

O estudo envolveu 213 pacientes com esquizofrenia e 126 voluntários saudáveis. Os pesquisadores mediram a performance cognitiva de todos. Depois analisaram as amostras de DNA dos participantes. Os pesquisadores especificamente examinaram seis variações na seqüência do DNA, também chamados de polimorfismos em um único nucleotídeo (SNP), no gene disbindina e descobriram que um padrão específico de SNPs, conhecido como haplótipo, estava associado à habilidade cognitiva geral. A cognição estava significativamente danificada em pessoas que carregavam a variante de risco, tanto no grupo de esquizofrênicos quanto no de pessoas saudáveis, comparados ao grupo de pessoas que não carregavam.

"Enquanto nossas dados sugerem que o gene disbindina influencia a variação na habilidade cognitiva e na inteligência, só explicaram uma pequena proporção disso - cerca de 3%. Isso mantém um modelo envolvendo influências múltiplas do meio ambiente e da genética da inteligência", disse Anil Malhotra, outra pesquisadora do estudo.

O papel específico do disbindina no sistema nervoso central é desconhecido, mas ele está presente em regiões do cérebro ligadas à cognição, incluindo aprendizado, resolução de problemas, julgamento, memória e compreensão.





Fonte: Agência Estado

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