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Cultura
Sexta - 28 de Abril de 2006 às 12:34

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O Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá inovou na projeção do filme ‘Sou feia mas tô na moda’. Pela primeira vez a capital pôde assistir a uma projeção de cinema digital.

Três brasileiros, Fábio Lima, José Eduardo Ferrão e Flávio Wolle, criaram a tecnologia e montaram a Rain Brasil, que já conta com filiais na Europa e América do norte.

De acordo com Thiago Santiago, que veio representar a companhia em Cuiabá, o cinema digital funciona como uma espécie de ‘data show’, mas com duas características diferenciadas e fundamentais: A potência de projeção para satisfazer a uma sala de cinema e a resolução de HDTV (High Definition Televison – televisão de alta definição, numa tradução livre).

Além da facilidade de projeção e de inserção de publicidades, que podem ser feitas em tempo real, já que o arquivo a ser exibido é digital, e não mais uma película, o cinema digital representa uma revolução na distribuição cinematográfica.

Um dos maiores custos dos filmes é justamente a produção de cópias para as exibições. Para se ter uma idéia, o filme ‘Cinema, Aspirinas e Urubus’, que foi selecionado para o Festival de Cannes, só conseguiu produzir 10 cópias para exibição.

Além disso há também o transporte desses rolos de filme, com mais de 40 kilos, entre os cinemas do Brasil e do mundo. O frete, novamente, encarece a industria do cinema e conseqüentemente o preço dos ingressos na bilheteria.

O cinema digital resolve todos esses problemas de uma só vez. O filme que será exibido e transformado num arquivo digital, ou seja, depois da cópia final em película, nenhuma outra precisará ser feita, barateando os custos para a distribuição.

Não obstante, a distribuição desse arquivo digital é feita através da Internet de banda larga via satélite, fazendo com que, com os mesmos custos, um filme possa chegar a qualquer lugar do mundo.

O aparelho responsável pela exibição (projetor) é a peça que se conecta à Internet e recebe o filme. Um longa metragem fica compactado e encripitado (para que piratas, mesmo baixando o arquivo indevidamente não consigam reproduzi-lo) em aproximadamente nove giga bytes. Em cerca de 6h um filme é ‘baixado’ para o projetor.

A partir daí, o filme estará pronto para ser rodado desde que o servidor autorize sua projeção. O programa que controla o sistema é chamado de KinoCast. “Existem uma série de questões tal como direitos autorais, autorização para a reprodução e etc. Quando um filme vai ser exibido o servidor dá todas essas autorizações, caso se tente exibir um filme pirata ou sem autorização ele será barrado”, explicou Santiago.

Com o barateamento dos custos, Santiago acredita ser possível que os cinemas pratiquem preços bem menos elevados nos ingressos e inclusive nas pipocas e refrigerantes. “Hoje o preço do ingresso leva em conta o preço de uma cópia, que não é barato, do transporte, entre outros. Como não é possível se conseguir recuperar o investimento só com os ingressos, até mesmo as pipocas e os refrigerantes são mais caros”, explicou.

Outro fator positivo é que uma sala de cinema não precisará mais perder tempo em contatos publicitários. Muitas vezes uma empresa leva até uma semana para disponibilizar os anúncios no formato exigido pelo cinema. Com o cinema digital, as propagandas podem ser inseridas à qualquer momento sem nenhum prejuízo na qualidade de exibição. Para saber mais sobre o cinema digital acesse www.rain.com.br





Fonte: 24HorasNews

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