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Polícia Brasil
Terça - 22 de Janeiro de 2013 às 20:19
Por: David Shalom

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TV Globo / Divulgação
Investigação ouviu mãe e irmão de brother e fez reconstituição do suposto crime
Investigação ouviu mãe e irmão de brother e fez reconstituição do suposto crime

"A conclusão lógica é que tudo foi um grande "causo" que ele contou. Mas não cabe à polícia avaliar se o "causo" foi desastrado, se foi um erro ou não". Assim o delegado do DEMA (Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente) Luziano Carvalho, do Estado de Goiás, avalia o inquérito aberto para investigar uma suposta agressão a um cachorro por parte de Dhomini, que afirmou no BBB13 ter arrancado os dentes de um de seus animais domésticos com o uso de um machado. Ele vai sugerir ao Poder Judiciário o arquivamento do caso.

"Ouvimos a mãe e o irmão dele e estivemos no local onde a família mora há 32 anos. Também fizemos uma reprodução simulada dos fatos, como o Dhomini afirmou que aconteceram, mas nem precisava dela, na verdade", afirmou em entrevista ao Terra, na tarde desta terça-feira (22). "É impossível extrair os dentes de um cachorro com um machado. Um instrumento desses causa lesões graves, profundas e com fraturas. Além disso, o cachorro deles é de tamanho médio, o machado nem entraria na boca dele. E, se entrasse, ele morreria na hora de hemorragia."

Segundo Carvalho, outro fator usado para identificar a história como inventada foi que o animal a ter seus dentes supostamente extraídos pelo brother sequer existir. O cachorro da chácara onde a família de Dhomini vive é um vira-lata - não um fila, como o participante do reality show contou. "O irmão dele me disse que o Dhomini até já participou de concursos de causos. Ele ficou aqui na delegacia ontem (segunda-feira, 21), das 8h às 12h, falando tudo, inclusive contando algumas dessas histórias."

Se o crime, no entanto, fosse comprovado como verdadeiro, Dhomini poderia pegar pena de seis meses de detenção em regime fechado, além de ser obrigado a pagar uma média de R$ 6 mil de multa - montante que seria aumentado caso o animal morresse. "Mas não tem como. Quem falou isso foi um médico-veterinário, que provou não haver condições para uma extração do tipo, nem com machado, nem com foice, nem com facão. Não é fácil arrancar os dentes de um cachorro. O cara precisa ser um veterinário especializado na área de odontologia para fazer isso", esclareceu.

Mas Dhomini ainda não está totalmente livre. Isso porque a ação do DEMA foi sugerir o arquivamento do caso e não encerrá-lo por completo. "Se o promotor ainda quiser denunciá-lo, ele pode. Existe material para isso", disse. "Mas, analisando pelos meus anos de policial civil, eu acredito que não vá acontecer nada, até porque, sempre que eu sugeri um arquivamento, ele foi feito. Afinal, trabalho em cima de provas."





Fonte: Terra

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