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Meio Ambiente
Quinta - 13 de Abril de 2006 às 10:00

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Uma menina de 12 anos se tornou a primeira paciente no Reino Unido a ter seu próprio coração funcionando novamente, depois de ficar quase 10 anos descansando. Médicos do Great Ormond Street Hospital, em Londres, fizeram a cirurgia depois que o corpo de Hannah Clark começou a rejeitar o coração transplantado dez anos depois da cirurgia. No último dia 20 de fevereiro, o coração doado foi desconectado, e o órgão de Hannah - que nunca foi removido de seu corpo - foi religado. Segundo informa a rede de televisão BBC, a menina está se recuperando bem e espera voltar logo para a escola.

A primeira cirurgia salvou a vida da menina porque ela sofria de cardiomiopatia, doença que fez com que seu coração dobrasse de tamanho. A ameaça era que o órgão deixasse de funcionar corretamente em menos de um ano.

O coração transplantado conseguiu fazer circular o sangue pelo corpo de Hannah, enquanto que o coração dela continuou batendo, mas desconectado, apenas "descansando".

Sir Magdi Yacoub, cirurgião responsável pelo primeiro transplante, aconselhou os médicos a fazer a religação do coração. "Havia a possibilidade de que o coração dela se recuperasse. É maravilhoso", comemora.

A mãe de Hannah, Elizabeth Clark, disse que a cirurgia durou apenas quatro horas, ao invés das oito previstas inicialmente. "Disseram que ela poderia ficar em tratamento intensivo por semanas, talvez meses. Mas Hannah está se recuperando muito bem e deve estar em casa em menos de cinco dias. Ela está apenas curtindo a vida e ansiosa para voltar à escola depois da Páscoa", contou.

O professor Peter Weissberg, diretor médico da British Heart Foundation, descreveu a operação como sendo um acontecimento importante e entusiasmante. "Cirurgiões sempre acreditaram que, se o coração está falhando por causa de uma inflamação aguda, ele pode se recuperar se descansar. E parece que é isso que está acontecendo neste caso", disse.

Hoje, o tratamento para a cardiomiopatia incluiu o uso de um coração mecânico, chamado de dispositivo de assistência ventricular, para assumir a carga de trabalho do coração inflamado, na esperança de que ele se recupere e o dispositivo possa ser removido depois de poucos meses. "Dez anos atrás, entretanto, esses dispositivos não eram confiáveis, por isso ela recebeu o coração de um doador", explicou Weissberg.





Fonte: Terra

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