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Meio Ambiente
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 22:44

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Os egípcios de classe alta passavam seu tempo livre, há 3.400 anos, com um jogo de tabuleiro chamado de "senet", uma mistura do atual gamão e dos jogos de corrida, encontrado em Luxor pela equipe do egiptólogo espanhol José Manuel Galán, na quinta temporada do Projeto Djehuty.

O pesquisador explicou à EFE que a coleção de peças, talhadas em marfim, foram encontradas na antiga capital egípcia junto às tombas de dois nobtes da 18ª dinastia XVIII, Djehuty e Hery.

O jogo tem um "simbolismo religioso", já que foi depositado no túmulo para acompanhar o morto "durante o tortuoso caminho rumo à vida eterna", interpretou Galán.

O objeto pertencia a um casal de nobres 1.500 anos antes de Cristo. Galán e sua equipe descobriram o túmulo no início deste ano, a 7 metros de profundidade.

O arqueólogo apresentou hoje, em entrevista coletiva, os resultados da campanha deste ano. Outras "jóias" são quatro recipientes de cerâmica pintada em policromia, nos quais se conservavam as vísceras dos mortos.

As tampas dos recipientes, representando rostos humanos, são peças "únicas no mundo" por sua antiguidade e pelo contexto arqueológico, segundo o egiptólogo.

Além disso, foram encontradas duas caixas de madeira decoradas com o desenho de uma divinidade feminina, com os braços fazendo um gesto de proteção.

A coleção inclui os ataúdes de madeira do casal, além de bolsas, cestas de vime, ânforas e vasilhas para guardar vinho, ungüentos e perfumes.

A missão do Projeto Djehuty é escavar e restaurar um conjunto de tombas da necrópole de Dra Abu el-Naga. Durante a apresentação dos objetos, Galán calculou que o projeto vai durar "pelo menos mais dez anos", devido à dificuldade provocada pela urbanização do local.





Fonte: EFE

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