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Meio Ambiente
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 15:04

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Cientistas acreditam que finalmente conseguiram resolver o mistério de como os planetas se formam após a explosão de uma estrela supernova. Pela primeira vez, foi detectado um disco de sobras de um fenômeno desse tipo, a partir do qual os planetas podem crescer. Os detalhes serão divulgados na edição de amanhã da revista Nature. A descoberta é surpreendente porque o disco de poeira que orbita o pulsar, ou estrela morta, é parecido com a nuvem de gás e poeira a partir da qual o planeta Terra surgiu. Cientistas dizem que esta descoberta joga novas luzes sobre a formação de sistemas planetários.

"Isso mostra como a formação de planetas é onipresente no universo. É um processo muito robusto, que pode acontecer em todos os tipos de ambientes", disse o chefe da pesquisa, Deepto Chakrabarty, um astrofísico do Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Usando imagens do telesócpio infravermelho Spitzer, da Nasa, os cientistas do MIT observaram uma radiação brilhante emitida por um disco de pedras ao redor de um pulsar recente, a cerca de 13 mil anos-luz da Terra. O pulsar foi antigamente uma estrela gigante que se desintegrou em uma explosão, há cerca de 100 mil anos.

Mesmo que os pesquisadores não tenham visto os planetas se formando, eles acreditam que todos os elementos estão presentes no disco.

Em 1992, outra equipe de cientistas encontrou planetas circulando ao redor de outro pulsar, mas não conseguiram observar um disco de poeira e não puderam deduzir como o sistema planetário havia se formado.

Chakrabarty disse que os discos de entulho são muito provavelmente formados por um material rico em metais, que não conseguiu escapar da atração gravitacional da supernova. O disco se assemelha ao que é visto ao redor de estrelas solares, o que levou os pesquisadores a concluir que ele pode se expandir e se tornar um novo sistema planetário.

Se planetas realmente existirem no disco recém descoberto, eles não seriam habitáveis por causa do violento processo de explosão, disse o astrônomo Charles Beichman, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. "Está mais para Chernobyl do que para Malibu", comparou Beichman, que não participou da pesquisa do MIT.

Cientistas há muito tempo acreditam que planetas como a Terra foram formados quando a poeira que orbitava em torno de uma estrela jovem começou a se aproximar e, finalmente, a se fundir.





Fonte: AP

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