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Internacional
Quarta - 05 de Abril de 2006 às 11:33

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O surgimento das "mamães da ioga", uma geração de mães jovens, urbanas, de alto poder aquisitivo e fiéis às últimas tendências, revolucionou o mercado de artigos para bebês, que cresceu muito nos últimos anos. Elas são um grupo que surgiu com força nas grandes cidades americanas, especialmente em Nova York, e fizeram que as vendas de artigos infantis crescerem 5,2% em 2005, chegando aos US$ 8 bilhões.

O estilo "mamãe da ioga" é seguido por mãe jovens das classes média e alta que não necessariamente praticam ioga, mas que se preocupam com a forma física e a aparência, e desejam que seus filhos também sigam as últimas tendências.

"Procuram por produtos da última moda, alta tecnologia e máxima qualidade, para que durem várias gerações, mas com um alto grau de nostalgia", segundo explica Don Montuori, editor de Packaged Facts, companhia de pesquisa de mercados.

"As mulheres esperam cada vez mais para ter filhos, portanto, quando se decidem, dispõem de uma renda maior para gastar com eles", assegurou Miriam Arond, editora-chefe da "Child Magazine", da Gannett News Services.

As últimas estatísticas do Centro de Controle de Doenças dos EUA revelam uma redução das taxas de natalidade nas mulheres de entre 20 e 35 anos, enquanto crescem entre as que se encontram na faixa dos 35 aos 45 anos.

Com esta perspectiva, o crescimento do mercado de produtos infantis é explicado porque as "mamães da ioga" estão dispostas a gastar cada vez mais em seus filhotes, que, segundo Arond, "consideram uma extensão de si mesmas".

"Chegaram os dias em que não é estranho pagar US$ 150 por um jeans para uma criança, US$ 1.000 por uma cadeira alta ou US$ 2.000 por um carrinho forrado de couro. Além disso, fabricantes e distribuidores estão se familiarizando com estes preços", disse Montuori.

Esta é uma realidade comprovável com um simples passeio pela joalheria Tiffany, na Quinta Avenida de Nova York, onde se pode encontrar uma linha de presentes dedicados aos pequenos, entre os quais se destaca um chocalho de prata avaliado em US$ 225.

Segundo Packaged Facts, as previsões anunciam que esta indústria manterá um crescimento estável durante os próximos anos até alcançar os US$ 9,5 bilhões em 2010.

O mercado dos produtos de luxo vive uma época dourada desde 2000, período em que suas vendas cresceram 30%. No entanto, nem todos os produtos de luxo vendidos foram para a "mamãe" e o "papai", mas, segundo um relatório de Mintel Internacional, 20% foram a para as crianças.

A italiana Gucci foi uma das primeiras apostar nesta tendência e em sua loja de Manhattan se pode encontrar, por exemplo, sapatos de pele rosa por US$ 230. Além disso, a Gucci prepara a inauguração da Crewcuts, uma loja onde serão vendidas versões em miniatura -para crianças de dois a oito anos - de suas roupas para adultos, que abrirá suas portas no mês de julho.

Outros gigantes da moda, como Louis Vuitton e Hermès, também criaram linhas específicas para crianças e suas mães, onde se destacam bolsas para fraldas por US$ 1.240 ou um roupão de banho por US$ 475.

Para os pais que procuram o melhor veículo para transportar seus filhos, a Bugaboo oferece os "fórmula um" entre os carrinhos de bebê, com preços que vão de US$ 679 até US$ 2.000, de acordo com a tecnologia que oferecem.

O carrinho mais popular nos EUA, o Cameleon, vem equipado com um assento reclinável com três posições diferentes, uma rede para evitar mosquitos e um aquecedor de pés feito de lã, e tudo isso por "apenas" US$ 879.





Fonte: EFE

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