Renúncias criam novo cenário

A desincompatibilização de candidatos às próximas eleições, obrigatória para ocupantes de cargos executivos, redesenhou o mapa político nacional e encurtou o mandato de cinco governadores e três prefeitos de capitais. PFL e PC do B despontam como as forças mais beneficiadas e o PSDB transferiu aos aliados pefelistas o comando de dois dos principais trunfos, o governo e a Prefeitura de São Paulo. Pelo menos 17 dos 27 governadores serão candidatos à reeleição. Entre eles, alguns ainda mantêm o suspense, como os governadores do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto e do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). O governador do Ceará, Lúcio Alcântara (PSDB), ainda tenta tornar viável a candidatura na articulação de uma aliança entre tucanos e outros partidos, como o PSB.

Apenas o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique (PMDB), renunciará ao cargo no dia 9 para tentar um novo mandato. Será o sexto governador a dar lugar ao vice nos próximos nove meses de governo. Já os prefeitos candidatos da capital paulista, Aracaju e Boa Vista abdicaram de mais da metade dos mandatos.

"O maior ganho partidário para PFL e PC do B, em especial, é o aumento da visibilidade dos partidos e a perspectiva de ampliar as bancadas proporcionais", avalia o diretor de Pesquisas do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (Iuperj), Marcos Figueiredo.