Criação de ovino atende apenas 10% da demanda do mercado

A criação de ovinos (ovelhas) em Mato Grosso atende apenas 10% do mercado consumidor da variedade de carne. Em média cada habitante do Estado consome 800 gramas por ano. Isso equivale a uma demanda de aproximadamente 500 mil animais. Contudo, o abate entre os criadores mato-grossenses soma apenas 50 mil cabeças de ovelhas por ano. O presidente da Associação Mato-grossense dos Criadores de Ovinos (Ovinomat), Antonio Carlos Carvalho de Souza, destaca que a produção ainda tímida de ovinos é insuficiente para atender à necessidade dos compradores.

Cerca de 90% da carne de ovelha que chega aos supermercados e açougues do Estado é importada de outras unidades da federação ou de outros países. O abate e comercialização da carne rende em média R$ 500 mil por ano aos criadores.

Os abates estão reduzidos em função da expansão da atividade, o que faz com que muitos criadores retenham as fêmeas para reprodução e abatam apenas os machos.

A maior parte dos ganhos são provenientes da cria e reprodução dos animais, o que significa uma movimentação anual de aproximadamente R$ 3 milhões. A atividade como um todo movimenta R$ 3,5 milhões em Mato Grosso.

Dados da Ovinomat apontam que em novembro de 2004 o rebanho mato-grossense de ovinos somava 275 mil cabeças. Em igual período do ano passado o número saltou para 467 mil animais, o que representa um crescimento de 69,81%. A estimativa é que em março deste ano o rebanho mato-grossense de ovelhas tenha alcançado 500 mil animais, de todas as idades.

Atualmente existem em Mato Grosso apenas 2 frigoríficos que abatem ovinos. Ainda no primeiro semestre outros dois abatedouros serão inaugurados em Sinop e Porto Estrela.

Mato Grosso destina anualmente cerca de 2 mil cabeças de ovelhas para abate em outras unidades da federação, como Goiás e Mato Grosso do Sul. A quantidade representa 4% do total de animais sacrificados para consumo no Estado. Atualmente cerca de 800 criadores estão ligados à produção de ovinos em Mato Grosso.