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Esportes
Quarta - 29 de Março de 2006 às 07:43
Por: Luciane Mildenberger

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Consagrado por liderar a equipe que deu fim aos 24 anos sem que o Brasil pusesse a mão na taça da Copa do Mundo, o ex-capitão da seleção brasileira Dunga, esteve em Cuiabá nesta terça-feira (28.03) para a palestra "Como liderar uma equipe de estrelas", no último dia da 26ª Expo-Ecos (Exposição e Encontro do Centro-Oeste de Supermercados), e utilizou da analogia entre a liderança exercida na empresa e nos gramados para apontar o caminho para o sucesso do trabalho em grupo.

Dunga apontou as diferenças das equipes que defendeu a canarinho nas Copas de 94 e 98. "Eu conhecia a reação de cada jogador, nos preparamos muito para aquele momento, não dávamos entrevistas, ninguém entrava no grupo, havia mais responsabilidade. Na seleção de 98, tinha jogador que participava de eventos fora do horário, acessava internet dentro da concentração e a equipe dava entrevistas horas antes do jogo", argumentou.

Por ser enérgico, no começo da sua liderança em 1994, o ex-jogador encontrou resistência do grupo. No jogo contra o Marrocos, ele foi áspero com o Bebeto e os outros jogadores não gostaram da atitude do capitão, na partida seguinte contra a Noruega em que o Brasil perdeu por 2 x 1, os jogadores perceberam a necessidade de um líder em campo. "Foi uma estratégia que utilizei para que os colegas tomassem a decisão para trabalhar em grupo e assim, recuperei a liderança", disse Dunga.

Apesar do favoritismo da equipe brasileira para a Copa do Mundo na Alemanha, Dunga asseverou que favoritismo não traz título, o que vale é o desempenho nos 90 minutos. "Durante os 24 anos em que a seleção brasileira não levou a taça, sempre fomos os favoritos e perdemos". Mas ele aponta Kaká, Ronaldo, Adriano e Ronaldinho Gaúcho como os destaques para a Copa do Mundo deste ano. "O Ronaldinho Gaúcho é o jogador mais completo do Brasil", acentua.

Quanto à má fase de Ronaldo, Dunga criticou a postura da imprensa em supervalorizar o comentário do ex-jogador francês Michel Platini que o brasileiro estava acima do peso. "O Platini é um recalcado. Demos mais valor na informação dele ao invés de mostrar o desempenho de Ronaldo. Platini nunca ganhou uma Copa do Mundo e o Ronaldo foi campeão duas vezes", comentou.

Palestra - O ex-capitão da seleção destacou que todas as pessoas tem características de líderes, mas os valores é que fazem a diferença, como dedicação, transparência, autenticidade, honestidade, abnegação e comprometimento, tanto no futebol quanto nas empresas. O líder não é melhor que os subordinados, e deve enxergar os talentos dentro da equipe e dar oportunidades para que essas pessoas alcem novos voôs. "O líder não procura ser queridinho, mas respeitado pelo grupo. Quando se perde, ninguém quer ser o responsável, mas quando se ganha todos querem ser o líder", concluiu Dunga.





Fonte: Da Assessoria

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