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Agronegócios
Quarta - 29 de Março de 2006 às 07:20

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Os produtores de soja de Mato Grosso pediram ao Ministério da Agricultura que a ferrugem asiática ganhe status de epidemia no País, informa o presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja), Rui Ottoni Prado. O pedido foi feito semana passada em Brasília por uma força-tarefa formada por 11 entidades que integram o Fórum Rural Mato Grosso. O pedido deve ser analisado nesta quarta-feira, em encontro entre o secretário de Política Agrícola, Ivan Wedekin, e os representantes dos produtores.

A ferrugem tornou-se nesta safra o problema número um dos produtores de soja de Mato Grosso. Se no ano passado eles fizeram no máximo duas aplicações de fungicidas para controlar a doença, neste ano a média no Estado tem ficado em pelo menos três, segundo relatos de sojicultores, técnicos e empresas. A necessidade de aplicar mais defensivos jogou para cima os custos de produção e agravou a crise pela qual passa o setor.

Segundo Rui Prado, se o governo federal declarar a ferrugem uma doença epidêmica o próximo passo será editar regras de controle e prevenção que terão que ser seguidas pelos produtores, obrigatoriamente. Hoje cada produtor controla a doença de uma forma. Muitas vezes um manejo errado da doença acaba causando prejuízos para vários sojicultores. "Haverá um calendário de controle que terá que ser seguido".

Para minimizar o problema da ferrugem o governo de Mato Grosso editou uma medida chamada "vazio sanitário" que consiste na proibição do plantio de soja entre os meses de julho e setembro em áreas com pivô central. "Precisamos deste período sem soja para tentar interromper o ciclo da doença". Segundo Prado o cumprimento da medida será fiscalizado pelo governo.

Além da declaração de epidemia, a força-tarefa pediu ao Ministério a criação de um Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para a soja e a prorrogação das dívidas de securitização, do Programa Especial de Saneamento de Ativos (Pesa), de investimentos, custeio e ainda a alteração do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) Giro Rural. O grupo de entidades segue em Brasília para dar continuidade ao trabalho de negociação com o governo.





Fonte: Da Redação/Estadão

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