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Internacional
Segunda - 27 de Março de 2006 às 16:10

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Um juiz da Suprema Corte afirmou que seria "uma loucura" dar direitos nos tribunais civis aos presos pelos Estados Unidos durante a "guerra contra o terrorismo", detidos na base de Guantánamo (Cuba).

"Guerra é guerra, e nunca aconteceu de um combatente capturado ser julgado em uma corte civil", disse o juiz Antonio Scalia, durante uma palestra na Universidade de Freiburg (Suíça) no dia 8 de março, publicou a revista Newsweek.

"Os estrangeiros, em países estrangeiros, não têm direitos segundo a Constituição dos Estados Unidos", disse. "Não vou dar um julgamento a este homem que foi capturado na guerra. Seria uma loucura", opinou.

Os presos denunciam que estão encarcerados na base de Guantánamo sem direito a um julgamento. Os comentários de Scalia foram publicados 24 horas antes de a Suprema Corte começar a analisar o caso do cidadão iemenita Salim Ahmed Hamdan, que pode legitimar ou invalidar na Justiça dezenas de demandas de prisioneiros mantidos por Washington na base militar da ilha caribenha.

Salim Hamdan é um ex-motorista de Osama bin Laden, detido no Afeganistão em novembro de 2001 e transferido alguns meses depois para Guantánamo. Ele foi acusado de conspiração em julho de 2003 por um tribunal militar especial.

A defesa do preso podiu à Justiça civil americana a impugnação destes tribunais instaurados pelo presidente George W. Bush depois dos atentados de 11 de setembro.

Aceita em primeira instância mas rejeitada na apelação, sua demanda chegou à Suprema Corte de Justiça. Alguns juristas ressaltam que Scalia revelou sua posição pessoal sobre o caso, motivo suficiente para ser excluído do processo do iemenita Hamdan.





Fonte: AFP

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