Dinamarca critica líderes islâmicos por defesa de boicote

O ministro de Assuntos Exteriores da Dinamarca, Per Stig Moeller, classificou hoje como "irracional" a decisão adotada por vários líderes islâmicos em Barein de prosseguir com o boicote aos produtos dinamarqueses por causa das charges de Maomé publicadas num jornal.

"Estou muito decepcionado. É absurdo. Nós trabalhamos por um diálogo que leve a um melhor entendimento das diferenças culturas e a aprender a conviver uns com outros", disse hoje Moeller à agência "Ritzau".

Moeller rejeitou uma apelação à Organização Mundial do Comércio (OMC) para que puna as autoridades dos países implicados, porque se trata de um boicote popular e não se pode provar que os Governos tenham incitado isso.

A conferência, realizada durante três dias em Manama, capital de Barein, reuniu ulemás de diversos países árabes, representantes da comunidade islâmica da Europa, inclusive da Dinamarca, assim como predicadores e islâmicos.