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Politica Brasil
Sexta - 24 de Março de 2006 às 06:18
Por: Marcia Raquel

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O presidente do PPS nacional, deputado federal Roberto Freire, afirmou ontem que não abre mão de sua candidatura à Presidência da República e descartou qualquer possibilidade de coligação com o PSDB e com o PFL no primeiro turno das eleições de 2006. Porém o PPS de Mato Grosso, que tem como seu principal aliado o PFL, está buscando o apoio de outros estados para defender, durante o XV Congresso Nacional do partido, que o PPS não tenha candidato a presidente e fique livre para compor as alianças regionais.

“Infelizmente a verticalização cria dificuldades para todos nós. O que não podemos esquecer é que somos um partido, e como tal não podemos nos submeter a decisões que vão beneficiar apenas a busca por cargos, sob o risco de nos tornarmos uma caricatura, como é o PMDB, que tem 15 candidatos ao governo mas não tem coragem de propor um projeto para o Brasil”, afirmou Roberto Freire em entrevista por telefone.

Segundo Freire, a proposta do PPS é apresentar uma proposta alternativa ao Brasil, por isso a coligação com o PSDB e com o PFL, que deverão estar juntos em nível nacional, não seria viável para o partido. “Não existe possibilidade, porque apesar de o PSDB ser diferente do PT a política econômica e social é a mesma, o (Geraldo) Alckmin não dá demonstrações de que deve mudar”, argumentou.

O posicionamento de Freire demonstra que o PPS de Mato Grosso terá dificuldades para manter a aliança com o PFL no Estado. Porém os principais líderes do partido vão participar do Congresso, que tem início hoje e se estende até o domingo em Belo Horizonte (MG), para defender a liberdade nas alianças regionais. Cinco estados já teriam manifestado apoio à tese defendida pelo PPS de Mato Grosso.

Além do presidente da Executiva Regional, Percival Muniz, que segue hoje para a capital mineira, o governador Blairo Maggi, a vice-governadora Iraci França, o ex-prefeito de Cuiabá, Roberto França, e 37 delegados vão participar do encontro. A participação de Maggi está prevista para o sábado, 25. Os seis deputados estaduais também foram convidados para o Congresso, porém até ontem não haviam confirmado presença.

Ainda segundo Freire, a preferência do partido em nível nacional é discutir uma aliança com o PDT e o PV. O posicionamento de Freire também foi ratificado por meio de uma nota oficial, divulgada ontem pelo PPS. No documento Freire reitera a candidatura própria do partido, descartando possíveis coligações com PSDB, PFL e PT, e acena para uma aliança com o PDT e o PV.

O dirigente evitou comentar a situação de Mato Grosso e ponderou que não é ele quem deve indicar os rumos do partido no Estado. “São os companheiros que devem definir qual é o melhor caminho para eles”, finalizou.

Além de definir as diretrizes para as eleições de 2006 e uma estratégia para a superação da Cláusula de Barreira, o Congresso do PPS vai escolher os membros do novo Diretório Nacional e realizar a reforma no estatuto do partido.





Fonte: Diário de Cuiabá

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