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Quinta - 23 de Março de 2006 às 07:32
Por: Aline Chagas

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O rio Cuiabá subiu 11 centímetros ontem em Rosário Oeste, com a chegada dos 800 metros cúbicos liberados por segundo pelos vertedouros da Usina de Manso na terça-feira. O nível do rio na cidade está em 6,54 metros. A cota de alerta é 7,40. Para a Defesa Civil Estadual, apesar do aumento, a situação ainda está sob controle, porque a previsão é de um aumento entre oito e dez centímetros no rio em Cuiabá, o que ainda manteria o nível longe da cota de alerta.

“O rio subiu hoje em Rosário Oeste, mas baixou em Cuiabá. Quando esse volume de água chegar na cidade, manterá o nível do rio como estava. O que mantém a situação controlada. Mas ainda estamos em situação de alerta”, afirmou o superintendente da Defesa Civil no Estado, tenente-coronel Arilton Azevedo.

Na medição feita na terça-feira às 17 horas em Cuiabá, o nível do rio marcava 6,43 metros. Ontem, no mesmo horário, a régua de medição apontava 6,36. Em Cuiabá, a cota de alerta é 8,50. Desde segunda-feira à noite, três famílias foram retiradas preventivamente das casas onde moram no bairro Ribeirão da Ponte. Uma das famílias está em casa de parentes e as outras duas estão instaladas no Centro Comunitário do bairro.

Para o superintendente da Defesa Civil, o momento é de avaliar as alterações do rio e manter a situação de alerta até que a equipe do plano de emergência perceba que não há mais risco de enchente. O tenente-coronel Arilton avaliou que se a vazão de Manso continuar em queda, a tendência é diminuir o nível. “Depois do final de semana, vamos estudar as alterações nos pontos de observação para avaliar se ainda há risco”, comentou.

Mesmo com o aumento no nível do rio, a situação em Rosário Oeste continua tranqüila. O prefeito Zeno Andrade contou que a equipe da prefeitura aguardava a água de Manso para saber se haveria problemas, mas nada ocorreu. “Não temos desabrigados ou desalojados, nem mesmo famílias ilhadas. A situação está sob controle e acho que a tendência é estabilizar, já que as chuvas diminuíram”, avaliou o prefeito.

Em Cuiabá, uma das preocupações da Defesa Civil é a vazão dos córregos e do rio Coxipó, afluentes do Cuiabá. Desde que o nível do rio começou a subir, a vazão dos afluentes locais diminuiu. Em alguns córregos, a água se manteve parada por algum tempo.

“Se a água desses córregos continuar sem escoamento poderá causar um alagamento nas áreas próximas, caso volume do rio Cuiabá aumente ou caiam chuvas fortes na região metropolitana”, comentou o coordenador da Defesa Civil do município, Oscar Amélito.

Em Santo Antônio do Leverger, 550 famílias foram cadastradas até ontem como moradoras de áreas em risco. O prefeito do município, Faustino Dias, contou que decretou situação de emergência ontem porque as estradas estão intransitáveis e as seis escolas da região ribeirinha estão com as aulas suspensas por causa da cheia. No ginásio da cidade há quatro famílias desabrigadas. Outras 17 estão em casas de parentes dentro da área urbana.

Para auxiliar os municípios da Baixada Cuiabana em caso de emergência, o Corpo de Bombeiros colocou em estado de “pronto-empenho” cerca de 400 profissionais do quadro de efetivos do Estado. Se o nível do rio subir e houver a enchente, virão bombeiros de Sinop, Sorriso, Nova Mutum, Alta Floresta, Barra do Garças, Rondonópolis, Cáceres, Primavera, Tangará da Serra e Pontes e Lacerda.

A assessoria de imprensa de Furnas Centrais Elétricas informou que há a previsão de redução para a água liberada pelos vertedouros nos próximos dias. Isso porque cessaram as chuvas na região de Manso e o volume de água entrando no reservatório da usina caiu de 2,8 mil metros cúbicos por segundo nos dia de chuva para 450 metros cúbicos por segundo ontem.





Fonte: Diário de Cuiabá

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