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Internacional
Quarta - 22 de Março de 2006 às 19:10

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Um integrante de um suposto grupo terrorista britânico vinculado à Al Qaeda foi acusado hoje num tribunal londrino de estar envolvido num plano para adquirir uma bomba nuclear, informaram fontes judiciais.

O plano, do qual teria participado Salahuddin Amin, de 31 anos, consistia em comprar a bomba de membros da máfia russa, segundo denunciou ao tribunal londrino de Old Bailey o promotor David Waters.

A versão do promotor diz que, após uma visita ao Paquistão, em 2001, Amin foi procurado por outro muçulmano, chamado Abu Munthir.

Os dois tinham se conhecido numa mesquita da localidade de Luton, próxima a Londres, onde Amin vivia.

Munthir pediu a ele que entrasse em contato com um terceiro indivíduo, chamado de Abu Annis, que devia ajudar a conseguir uma "bomba de radioisótopos".

"Através da internet, Amin encontrou Abu Annis, que garantiu ter entrado em contato com a máfia russa na Bélgica, através da qual tentavam comprar a bomba em questão", explicou o fiscal.

Amin declarou depois à Polícia que não achava que a oferta da bomba fosse autêntica. Mesmo assim, o promotor explicou ao júri que a mera existência das negociações reflete a confiança de que gozava e a sua posição "na ponta paquistanesa da organização".

O tribunal de Old Bailey julga desde terça-feira sete britânicos acusados de planejar uma campanha terrorista contra diversos alvos, de pubs a discotecas e meios de transporte público.

Segundo o promotor, os suspeitos tinham adquirido já "a maior parte dos componentes necessários" para promover sua campanha, entre eles 600 quilos do fertilizante nitrato de amônia e uma quantidade menor de pó de alumínio.

Em seu discurso, o promotor disse que os acusados queriam destruir instalações estratégicas no Reino Unido e possivelmente também ferir ou matar cidadãos britânicos.

O suposto complô foi, no entanto, frustrado pela Polícia e pelos serviços de segurança, que fizeram uma operação de vigilância sobre alguns dos membros da banda, inclusive com escutas telefônicas.

Segundo o tribunal, uma importante testemunha de acusação seria Mohammad Babar, cidadão americano de origem paquistanesa que viajou de Nova York ao Paquistão poucos dias depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.

Babar teria se reunido com o grupo britânico quando foi à Inglaterra em novembro de 2002, para arrecadar fundos destinados à "jihad" (guerra santa) no Afeganistão.

Um dos acusados, Omar Khyam, de 24 anos, considerado um personagem central no suposto complô, disse ao promotor que o grupo trabalhava para Abdul Hadi, a quem apontou como o número três da Al Qaeda.





Fonte: EFE

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