Sessão na Câmara de Poconé caça dois vereadores

O poder legislativo de Poconé realizou de uma sessão que durou 23 horas. A sessão extraordinária foi convocada pela presidente em exercício, vereadora Mariana Pereira. Ao final da sessão os vereadores Celso Fontes e Rodemilson Barros, respectivamente presidente e segundo secretario da mesa diretora, tiveram seus mandatos cassados. A decisão foi tomada após apreciação do pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou os vereadores.

Celso Fontes é acusado de cometer uma série de irregularidades na presidência da Câmara, desvio de recursos, contratação irregular de servidores, emissão de cheque pré-datado e superfaturamento na aquisição de materiais entre outros crimes onde alguns tiveram a co-autoria de Rodemilson, todos detectados e apresentados no relatório final CPI.

Celso Fontes foi afastado da Mesa Diretora da Câmara na semana passada, depois de uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

A sessão extraordinária começou às 8h de ontem (20). A leitura dos autos, que tem mais de mil páginas, durou todo o dia, varou a madrugada e encerrou por volta das 7h da manhã desta terça-feira (21).

A segurança na Câmara foi reforçada a pedido da presidente interina para evitar tumulto como o que aconteceu duas semanas atrás resultando em pancadaria. Mais de 10 policiais militares estiveram de plantão tendo a disposição duas viaturas, garantindo a segurança no local.

Não houve intervalo na sessão, no entanto, de um em um, os vereadores se ausentavam apenas do plenário para ir ao banheiro e para fazer refeição.

Não foi convocado para a sessão o vereador denunciante Lauro Eubank (PFL), em seu lugar foi convocado Bento Rondon (PTB). Os denunciados Celso Fontes (PL) e Rodemilson Barros (PDT) foram substituídos pela Professora Rosana (PMN) e Odenil do Carmo –Chindão- (PL).

Com mais de um terço dos votos os vereadores denunciados foram cassados e quem assume as vagas dos mesmos são seus suplentes Ademir Zulli (PP) e Cácio Santos (PMDB).

Celso Fontes e Rodemilson Barros não foram encontrados em suas residências, nem no telefone celular.