Sessão na Câmara de Poconé continua durante toda a noite, na ocasião esta sendo lido mil paginas que envolvem todo o processo que pode resultar na cas

Os vereadores da Câmara de Poconé participam de uma sessão que poderá durar 30 horas. A sessão extraordinária foi convocada pela presidente em exercício, vereadora Mariana Pereira. Os representantes do legislativo participam desde a manhã de hoje, da sessão que poderá resultar na cassação do vereador Celso Fontes (PL) e Rodemilson Barros (PDT). Celso Fontes é acusado de cometer uma série de irregularidades na presidência da Câmara, desvio de recursos, contratação irregular de servidores, emissão de cheque pré-datado e superfaturamento na aquisição de materiais entre outros crimes detectados e apresentados no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada especialmente para investigá-lo. Celso Fontes foi afastado da Mesa Diretora da Câmara na semana passada, depois de uma decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Durante a sessão que teve inicio às oito horas da manhã desta segunda-feira (20-03) foi dado início a leitura das peças da denúncia contra Celso Fontes e Rodemilson Barros, respectivamente Presidente e Segundo Secretario da Mesa Diretora. O processo tem mais de mil páginas, foram doze horas para ler 500 páginas aproximadamente, os vereadores acreditam que consigam suportar as mais que 24 horas exigidas pela sessão, após a leitura haverá as deliberações necessárias. A segurança na Câmara foi reforçada a pedido da presidente interina para evitar tumulto como o que aconteceu duas semanas atrás no local. Mais de 10 policiais estão na Câmara para garantir a segurança na sessão.

Não houve intervalo na sessão, no entanto, de um em um, os vereadores se ausentavam apenas do plenário para ir ao banheiro e para fazer refeição. Não foram convocados para a sessão o vereador denunciante Lauro Eubank e os vereadores denunciados Celso Fontes e Rodemilson Barros, foram convocados os segundo suplentes; professora Rosana (PMN) (que obteve 395 votos na eleição, coligada ao PMDB, PDT, PSB e PV) substituindo Rodemilson Barros do PDT. Bento Rondon (PTB) (que obteve 347 votos na eleição, coligado ao PP, PL E PFL) substituindo Lauro Eubank do PFL e Odenil do Carmo –Chindão- (PL) (que obteve 288 votos na eleição, coligado PTB, PP, PFL) substituindo Celso Fontes do PL.

Se Celso Fontes for cassado quem assume a vaga é o vereador Ademir Zulli do PP que fez parte da mesma coligação que Celso Fontes e que obteve 424 votos. Apesar do suplente de vereador mais votado, Amaral Junior obter 486 votos, 62 a mais que Ademir Zulli, Amaral sendo do PPS estava coligado ao PSDB, portando a vaga será mesma de Ademir Zulli. Se Rodemilson Barros for cassado quem assume a vaga é o vereador Cácio Santos do PMDB que fez parte da coligação de Rodemilson e obteve 407 votos.

O vereador acusado não compareceu à Câmara. Celso nega ter cometido os crimes e alega que as denúncias são decorrentes de perseguição política. Para que o mandato dele seja cassado são necessários os votos de seis dos nove vereadores.