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Agronegócios
Segunda - 20 de Março de 2006 às 16:30

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A Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) está desenvolvendo ações para implementar agroindústrias de cacau em Mato Grosso e nos Estados onde atua (BA, ES, PA, AM, RO, MA) com o objetivo de agregar valor às atividades do produtor rural.

A entidade pretende implantar unidades incubadoras de produção para treinar produtores, que deverão beneficiar amêndoas de cacau e uma gama de produtos de forma a aproveitá-los integralmente valorizando seus derivados. Isso significa um maior percentual de renda às pequenas e médias propriedades, além de gerar emprego nas regiões produtoras.

Participarão do projeto órgãos públicos e privados como o Sebrae/BA, a empresa de maquinários Meller/ES, o Ministério da Agricultura, entre outros, e de representantes da Costa do Marfim e República dos Camarões. Além do cacau, o empreendimento beneficiará produtos regionais como cajá, jaca, jenipapo, cupuaçu, açaí, graviola, manga, banana, coco, pupunha, seringueira.

Os subprodutos variam desde polpas, purês, sucos, néctares, doces, geléias/geleados, frutas desidratadas/cristalizadas/passas passando por xaropes, compotas, vinhos, licores, destilados, sorvetes, água de coco até coco ralado e leite de coco.

O diretor industrial da Meller, Flavio Abaurre, destaca a iniciativa da Ceplac ressaltando que este é o único caminho de oferecer valor agregado à atividade. Nos últimos três anos, foram implantadas cerca de 15 pequenas e médias fábricas de chocolate no Brasil. "Isso significa que 50% da produção de bombons já está nas mãos dos pequenos e médios fabricantes", disse.

Para o diretor geral da Ceplac, Gustavo Moura, a instituição vai oferecer uma estrutura tecnológica para implementar agroindústrias, que servirão de incubadoras e especializarão de produtores e operários nas áreas de beneficiamento e comercialização.

A assessoria técnica da Ceplac vai orientar o produtor desde a colheita, como já é uma prática, até a comercialização passando pela identificação de mercados em potencial e tipo de produtos de alta qualidade, inclusive visando o mercado externo. Os produtores também serão orientados a buscar formas de aquisição de crédito para a montagem de outras unidades equivalentes que possam beneficiar outros grupos de produtores.

A expectativa é que o processo tenha um efeito cascata para a difusão das tecnologias como produção de cacau fino, transformação do produto em licor, torta e pó de cacau e numa segunda etapa do processo de transformação, será produzido o chocolate.





Fonte: Ministério da Agricultura

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