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Esportes
Domingo - 19 de Março de 2006 às 22:00

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SEPANG, Malásia - A Ferrari redescobriu a competitividade na abertura do campeonato, em Bahrein. Na Malásia, neste domingo, somou pontos com seus dois pilotos e é a segunda colocada entre os construtores, com 15 pontos contra de 28 da Renault, mas sua festa pode começar a se complicar já na próxima etapa do Mundial, dia 2, na Austrália. Das 11 equipes que disputam a competição, oito exigiram da FIA uma rigorosa inspeção nos carros da equipe italiana.

Renault, McLaren, Honda, Williams, BMW Sauber, Toyota, Midland e Super Aguri enviaram ao delegado técnico da FIA, Jo Bauer, um pedido conjunto para inspeção do aerofólio dianteiro dos carros de Michael Schumacher e Felipe Massa. “Eles têm de nos responder até antes de viajarmos para a Austrália se o recurso da Ferrari é legal. Nós todos concluímos que não é”, afirmou Nick Fry, diretor-geral da Honda. O modelo 248 F1 tem sobre o plano principal do aerofólio dianteiro um segundo plano, como se fosse um aerofólio sobre o outro. A acusação é que esse plano superior se move enquanto o carro está na pista.

“A Ferrari vai disputar a prova de Melbourne sem esse recurso, dispomos de imagens televisivas comprovando a irregularidade”, garantiu Flávio Briatore, diretor-geral da Renault. “Espero que a Ferrari da próxima etapa seja diferente da que vimos até agora”, falou o campeão do mundo, Fernando Alonso, da Renault. “Essa asa (plano) superior flete, permitindo que na reta o carro alcance maior velocidade, por oferecer menos resistência”, explicou Briatore. Nick Fry deu mais detalhes: “As laterais, nas extremidades, fletem para baixo, formando uma espécie de túnel para o ar fluir sob o carro, o que, claramente, aumenta sua eficiência aerodinâmica.”

“Nossos adversários têm o direito de recorrer se acharem que há algo ilegal. A FIA é soberana para decidir essas questões”, respondeu, neste domingo, o assessor de imprensa da Ferrari, Luca Colajanni. A FIA prometeu através do seu delegado de segurança e diretor de provas, Charlie Whiting, pronunciar-se nos próximos dias.

As duas escuderias que não assinaram o documento enviado a Bauer são a Red Bull e a Minardi. Ambas pertencem a Dietrich Mateschitz, dono da Red Bull, que tem um acordo de colaboração técnica com os italianos, a ponto de a Red Bull competir com motor Ferrari. Caso a escuderia de Maranello tenha mesmo de rever a aerodinâmica dianteira do 248 F1, como parece, a tendência é de perda de performance







Fonte: Agência Estado

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