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Cidades/Geral
Sábado - 18 de Março de 2006 às 07:07
Por: Valéria Cristina

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Silêncio. Esse foi o comportamento do ex-policial civil João Arcanjo Ribeiro ontem no primeiro depoimento à Justiça Federal. Ele se manteve calado diante das 11 perguntas feitas pelo juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. Segundo Arcanjo, permanecer em silêncio teria sido orientação de seus advogados. O interrogatório foi parte do processo que investiga crimes contra o sistema financeiro nacional (evasão de divisas). Agora, o processo seguirá normalmente com oitiva de testemunha, análise de provas e sentença. Arcanjo ficou por uma hora no prédio da Justiça Federal, guardado por uma operação que envolveu 60 homens, entre policiais federais e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).

O procurador da República Mário Lúcio de Avelar ressaltou que apesar de Arcanjo ter se reservado o direito de ficar calado, há provas documentais no processo contra ele. Além disso, conforme o procurador, o Ministério Público Federal tem outras fontes de investigação. O juiz Julier Sebastião, que está afastado de três processos que envolvem Arcanjo, não quis atender a imprensa para falar sobre o depoimento.

Na sala do interrogatório estiveram, além do magistrado e do "Comendador" o procurador Avelar; os advogados Zaid Arbid e Benedito Palmeira Neto; a estudante de direito Marden Jorge Fernandes Rosa; quatro policiais federais e os dois seguranças do juiz.

Arcanjo está em Mato Grosso desde sábado (11), quando veio extraditado do Uruguai. Este foi o primeiro depoimento marcado para ele. Outros dois já estão agendados. Um acontece na segunda-feira. "O Comendador será ouvido pela juíza da 12ª Vara Criminal, Maria Aparecida Fago, no Fórum da Capital, no processo sobre a morte do empresário Sávio Brandão. O outro depoimento será novamente no prédio da Justiça Federal, na quinta-feira. Mas neste, Arcanjo foi arrolado como testemunha de defesa em ação que a União move contra ex-dirigentes da Assembléia Legislativa.

Ao todo, Arcanjo é réu em 18 processos na esfera federal e 51 na estadual. Até agora ele tem 49 anos de condenação.





Fonte: A Gazeta

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