Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Politica Brasil
Quarta - 15 de Março de 2006 às 15:20
Por: Maria Nascimento

    Imprimir


Atrás de paredes fechadas e em segredo, mulheres são submetidas à violência de seus parceiros e parentes e, com vergonha, se fecham em ressentimentos, sem delatar seus agressores. Muitas sobrevivem toda uma vida submetidas a maus tratos, outras conviverão com as seqüelas pelo resto de suas vidas. O quadro se agrava, segundo pesquisas, porque a grande maioria sente vergonha ou depende financeiramente do agressor. Por essa e outras tantas razões, as situações de violência contra a mulher são muito comuns, mas o número de denúncias ainda é pequeno e as punições aos agressores tão brandas que deixam até uma sensação de impunidade.

Para tentar contribuir com uma mudança nesta relação, a Sala da Mulher da Assembléia Legislativa vai lançar nos próximos dias uma campanha de combate à violência contra a mulher. De acordo com a coordenadora da sala, Roseli Barbosa, serão veiculadas peças na TV chamando a atenção da sociedade para a necessidade da não violência contra elas.

Uma cartilha que será distribuída para reforçar a campanha. A cartilha vai traçar um perfil da realidade enfrentada pela mulher, com índices de violência no Brasil, em Mato Grosso e em Cuiabá. Para ter um retrato mais fiel dessa prática, o material englobará não só a violência física, mas as diversas formas de violência, como moral, psicológica, social etc. A meta é mostra que deste um xingamento, uma atitude de coação, a mulher tem que enfrentar, sob pena de deixar o caso chegar à violência física.

Para contribuir com a tomada de decisão delas em denunciar a cartilha trará orientação sobre ocorrências, como proceder em casos de violência e também endereços dos locais de atendimento à mulher em nosso estado.

UNIVERSO

Aliciamento, estupro, ameaça, coação, assédio sexual, atentado violento ao pudor, exploração..., a cartilha da Sala da Mulher disponibilizará um dicionário contendo palavras ligadas ao universo feminino e de violência que vai permitir que as mulheres (e quem mais se interessar em denunciar), possa conhecer melhor os termos para identificar o tipo de violência e ter maior firmeza na hora de relatar às autoridades competentes fatos ocorridos com elas ou alguém próximo que ela decida denunciar.

CHAMAMENTO AOS HOMENS “De mulher para mulher, mas os homens também podem ler”, o texto da cartilha também vai chamar atenção para a necessidade de homens companheiros e parentes contrários a essa prática contribuírem com a mudança de hábitos e a denúncia de casos de violência contra a mulher.

A meta é fazer surgir em Mato Grosso movimentos integrados de homens e mulheres dispostos a fazer nascer relacionamentos com igualdade de tratamento e responder uma constante preocupação feminina resumida pela coordenadora da Sala da Mulher “não queremos ser mais, queremos estar ao lado em condições de igualdade com os nossos companheiros”, disse Roseli durante as comemorações do Dia Internacional da Mulher na AL. Afinal, já está na hora, de assumir que em briga de marido e mulher, deve-se sim meter a colher e mexer bem, com atitudes que aproximem e façam crescer, até que ambos possam estar unidos e em igualdade de direitos e condições.





Fonte: Da Assessoria AL

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/312576/visualizar/