Saadat diz que carcereiros estrangeiros trabalhavam para Olmert

O líder da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, acha que os agentes estrangeiros que lhe custodiavam na prisão de Jericó tentam com sua retirada apoiar a candidatura do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, nas próximas eleições.

Assim afirmou o deputado árabe-israelense Mohammad Barakeh, que nesta manhã falou por telefone com Saadat, no início da operação israelense na prisão.

"A operação israelense é um ato de pirataria típico da Idade Média", disse o deputado israelense de origem palestina.

Barakeh acrescentou em declarações à imprensa que Saadat está convencido de que os agentes britânicos abandonaram a prisão esta manhã para permitir a operação israelense, porque os Governos dos Estados Unidos e do Reino Unido querem apoiar Olmert.

"O primeiro-ministro interino está em crise nas pesquisas de opinião e quer resolvê-la, e ganhar pontos com uma exibição de prisioneiros (palestinos) pelas muralhas de Jerusalém", ressaltou Barakeh.

Fontes militares israelenses confirmaram que a operação estava preparada há semanas, por causa de declarações de diferentes líderes palestinos sobre sua suposta intenção de libertar os assassinos do ministro israelense de Turismo, Rehavam Zeevi.

Após verificar que os carcereiros britânicos e americanos abandonaram a prisão hoje pela manhã, decidiram iniciar a operação.