Testemunha complica situação de PM acusado de assassinato

Uma testemunha do assassinato de Lázaro Figueiredo Guimarães, de 19 anos, executado a tiros em junho do ano passado, relatou à polícia que a vítima era suspeita de envolvimento no furto de um aparelho de som e de uma pistola de um policial militar.

Conforme a testemunha, Lázaro teria arrombado o carro do PM e retirado os objetos de dentro. Esse mesmo militar é suspeito de participar do assassinato de Lázaro.

O crime ocorreu em junho do ano passado no bairro Alvorada, em Cuiabá. O militar foi apontado como participante por familiares da vítima, que estiveram na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Os familiares, no entanto, negam a participação de Lázaro no arrombamento do carro.

Para policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a informação do furto reforça as suspeitas da participação do soldado no crime. O militar, no entanto, negou qualquer participação no assassinato.

Ouvido pelo delegado João Bosco de Barros, o soldado disse que teve o aparelho de seu carro furtado, mas garantiu que não conhecia Lázaro e nem mencionou o sumiço da arma. A Corregedoria Geral da PM instaurou sindicância. O delegado solicitou a apreensão do revólver do militar. Com isso, poderá saber se saíram da arma dele os tiros que mataram o rapaz.

De acordo com as investigações, no dia 20 de junho, Lázaro e um amigo voltavam da feira do Alvorada e depararam com o PM e mais dois colegas em frente de um hotel. Então, seguiram para a Rodoviária e, minutos depois, resolveram voltar.

No trajeto, encontraram com três homens e, entre eles, o policial militar. Conforme o relato da testemunha, o PM queria saber o paradeiro do CD player e para quem ele tinha repassado. Lázaro negou ter praticado o delito. O policial militar, então, teria ficado exaltado e mostrado o revólver para a vítima. Em seguida, teria atirado.