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Internacional
Quinta - 09 de Março de 2006 às 23:14

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A ONU lançou hoje o novo Fundo Central para Respostas de Emergência para assistir às vítimas de desastres naturais e crises humanitárias no mundo todo, com a previsão de chegar aos US$ 500 milhões.

"Este fundo vai garantir que, quando houver uma situação humanitária desesperada, a ONU possa fazer muito mais e mais rapidamente", declarou o secretário-geral da entidade, Kofi Annan, no ato oficial de apresentação da iniciativa.

Com estes recursos, ressaltou, os recursos - desde pessoal até bens e serviços - poderão ser levados rapidamente às agências humanitárias que trabalham salvando vidas, em lugar de esperar que os países doadores façam suas contribuições.

"O fundo é um instrumento para o trabalho humanitário. Mas também terá implicações na luta contra a pobreza e para atingirmos os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", disse o secretário-geral.

Ele afirmou que, com esta iniciativa, também será possível proporcionar ajuda nos períodos de transição e de reconstrução depois de um desastre natural, antes que a crise humanitária seja incontrolável.

Como exemplo, Annan mencionou as secas nos países da África oriental, onde a falta de assistência imediata afeta gravemente os habitantes.

Annan fez um apelo à generosidade dos países para que contribuam com o fundo, que será administrado pelo subsecretário de Assuntos Humanitários da ONU, Jan Egeland, mas contará com um grupo consultivo formado por 12 analistas independentes.

"Freqüentemente, a ajuda parece uma loteria: poucos ganham e a maioria perde, por causa de outros fatores que não são as necessidades imediatas. Devemos avançar e passar de uma loteria a um mecanismo, no qual todos os que sofrem recebam ajuda", declarou Egeland.

Os 191 países da Assembléia Geral aprovaram a criação deste Fundo de Emergência dia 15 de dezembro, como um elemento mais da série de reformas adotadas pelos chefes de Estado e de Governo na cúpula mundial de setembro de 2005.

Apesar do objetivo de contar com uma base de US$ 500 milhões, até o momento só se arrecadaram US$ 250 milhões, procedentes de 19 países doadores, entre eles, Espanha, Reino Unido, França e México.

O maior contribuinte até o momento é o Reino Unido, com US$ 70 milhões.

As organizações não-governamentais, entre elas a Intermon-Oxfam, declararam que US$ 500 milhões não são suficientes e que pelo menos US$ 1 bilhão seria necessário para que a ONU possa responder com eficiência a desastres como o maremoto que castigou em 2004 as o sudeste da Ásia ou o devastador terremoto no Paquistão, ano passado.

"Este é o déficit das agências da ONU para responder às emergências", disse à EFE Carmen Rodríguez, porta-voz da Intermon-Oxfam. "Contar com este fundo permitiria reagir nas primeiras 72 horas, que são cruciais para salvar vidas e, por outro lado, atender às emergências que recebem menos dinheiro, normalmente porque não têm atenção da mídia", acrescentou.





Fonte: EFE

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