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Quinta - 09 de Março de 2006 às 12:44

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O acordo negociado entre o Corinthians e a WTorre para a construção de um estádio na Zona Sul de São Paulo prevê que os custos da obra ficam a cargo da construtora. Para recuperar o investimento, a empresa ganha o direito de vender camarotes, cadeiras cativas e até o nome a ser dado para a arena.

Em troca de milhões, qualquer empresa, como a Samsung, patrocinadora do clube, por exemplo, poderia batizar o novo estádio. A expectativa de Walter Torre Jr., presidente da WTorre, é recuperar o dinheiro investido e ainda lucrar com o empreendimento. O Corinthians não teria nenhum custo de acordo com o que foi acertado.

O terreno em que ficaria o estádio está avaliado em cerca de R$ 64 milhões. Caso Kia Joorabchian não abra mão da cláusula no contrato de parceria que dá ao MSI a preferência na construção de uma arena, Torre Jr. deve aproveitar o espaço de outra maneira. Algumas opções são a construção de um shopping ou um hotel no local.

Alberto Dualib, presidente do Corinthians, não gostou de ver detalhes do projeto que vinha guardando a sete chaves há mais de seis meses. O dirigente, que deve voltar nesta quinta-feira de Londres, teme que a divulgação do acordo atrapalhe nas negociações com o MSI.

Walter Torre Jr. aguarda uma resposta do dirigente no fim de semana. O executivo ficou apreensivo com as reclamações de Dualib. A empresa só começará a tocar o projeto depois do aval do MSI.

Caso Boris Berezovsky, Badri Patarkatsishvili e os demais bilionários por trás de Kia Joorabchian vetem a idéia, a operação será cancelada. O empresário não quer problemas na Justiça ou se envolver com os obscuros parceiros do clube.

Limpeza

O espaço destinado ao estádio fica no fim da Marginal Pinheiros e é margeado pela Avenida Guido Caloi. O terreno acaba na favela Jardim da Felicidade, no bairro Jardim São Luís, na Zona Sul de São Paulo.

Segundo Edgar Soares, conselheiro do clube que articulou e está intermediando o projeto, o local foi escolhido por causa da proximidade com linhas de trem e metrô e o Terminal Santo Amaro de ônibus.

"O acesso é fácil, isso ajuda bastante. Está tudo pronto, o projeto é maravilhoso e será um marco para a cidade. Precisamos só do aval do MSI. Se Kia é o mocinho, que dê o ok logo", afirmou.

Preocupado com a reação do MSI ao projeto, Soares não pretende dar mais entrevistas sobre o assunto. Ele relutou em confirmar a localização e não quis dar mais detalhes.

De acordo com moradores da região, o local passou por uma limpeza no início do ano. A mata foi derrubada e alguns trechos foram aterrados. Um morro separa a favela e a área destinada ao estádio. Quatro campos de terra, dois deles menores e improvisados por moradores, completam o cenário de abandono. O terreno, apesar dos cuidados recentes, acumula lixo e sujeira.

"Há um tempo, vieram uns engravatados e o boato que correu por aqui é que iriam construir um shopping. Mas o assunto morreu", disse o motorista Écio José da Silva, 35 anos, morador do bairro.





Fonte: Lancepress!

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