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Cidades/Geral
Quinta - 09 de Março de 2006 às 07:33
Por: Patrícia Neves

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Um advogado, um agente prisional e um estudante do curso de direito foram indiciados pela Delegacia Fazendária por terem falsificados procurações e petições. Munidos de liminares concedidas a partir de documentos falsos conseguiram diversos mandados de liberação de veículos apreendidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Os três - que não tiveram os nomes divulgados - respondem a processos por falsificação de documento público, uso de documento falso e crime de estelionato. A Delegacia Fazendária, responsável pelo inquérito, identificou 19 liminares que foram expedidas por juízes de varas fazendárias com uso desses documentos falsos. Sem saber que os pedidos eram feitos a partir de falsas procurações magistrados concederam liminares determinando a devolução de veículos.

Na manhã de ontem documentos e computadores foram apreendidos em um escritório de advocacia e residências de Cuiabá por determinação do juiz da 15ª Vara Criminal, Gonçalo Antunes de Barros Neto. A delegada Alana Cardoso, da Delegacia Fazendária, explicou que além do Detran, quatro advogados foram vítimas da ação do grupo. O homem, que hoje já é um advogado, praticava os crimes quando era estagiário. Por trabalhar em um escritório de renome se apropriava de carimbos e falsificava assinatura do titular do escritório.

A farsa foi descoberta pelo Detran no ano de 2003. A demora para a finalização do inquérito, segundo a delegada Alana, deve-se ao fato do golpe ser extremamente articulado.

O Golpe - Donos de garagens que tiveram veículos apreendidos revendiam os veículos a terceiros sem que a transferência fosse oficializada porque o carro tinha pendências jurídicas. "Na maioria dos casos, com anuência do comprador que muitas vezes adquiria o veículo com preço depreciado, a armação era feita", explicou a delegada Alana. Como não localizavam o verdadeiro dono do carro falsificavam os documentos para conseguirem a suspensão de multas e liberação do pátio. O inquérito ainda não foi encerrado e outras pessoas poderão ser indiciadas no decorrer das investigações.





Fonte: A Gazeta

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