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Polícia Brasil
Terça - 07 de Março de 2006 às 06:14

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Mais uma confusão envolvendo policiais militares em Cuiabá resultou em agressão. Ontem de madrugada, três policiais de uma viatura do 3o Batalhão foram fazer uma abordagem Jardim Eldorado em Cuiabá. E o que seria uma simples revista de rotina terminou numa truculenta sessão de pancadaria e na destruição de um rádio usado pelos policiais militares. Uma comerciante acusa os policiais de tê-la agredido (ver matéria abaixo).

Na confusão, o vendedor João Cândido Silva, de 29, que estava sendo abordado, acabou agredido e preso por dano ao patrimônio público. Um rádio da PM, conhecido como HT, usado para os policiais se comunicarem com o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp), ficou danificado.

Na briga, dois PMs tiveram ferimentos nos braços. João e a esposa Cristiane de Oliveira, de 24 anos, sofreram lesões. Além deles, mais quatro pessoas que estavam sendo abordados foram levadas à delegacia porque teriam ameaçado os policiais. Eles negam a acusação e dizem que foram agredidos.

Segundo os PMs, a confusão foi causada pelas seis pessoas que estavam em frente do bar. Os militares explicaram que na hora de abordar João, este começou a xingá-los com palavras de baixo calão. Então, detiveram o vendedor pelo crime de “desacato”, que é considerado de menor poder ofensivo e julgado pelo Juizado Especial Criminal Unificado da capital.

Ainda segundo a versão da Polícia Militar, em seguida, quatro rapazes avançaram em cima da viatura e tentaram agredir os soldados. Diante da situação, tiveram que fazer “uso moderado do bastão” e algemar todos. Precisaram pedir reforços.

Na pancadaria generalizada, o sargento Viana sofreu lesão no braço direito. João sofreu lesão no olho e na cabeça. Os ferimentos não foram graves.

Levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá (PSC), João acabou recebendo o curativo na cabeça e no braço. Em seguida, foi interrogado pelo delegado plantonista Clay Celestino Batista, para quem explicou o que ocorrera. Apesar de a Polícia Militar dizer que ele provocou a confusão, sua esposa insiste na versão de que eles é que foram espancados.

O delegado arbitrou fiança de R$ 300 para o vendedor, que pagou e foi liberado. Os demais assinaram um termo circunstanciado e o caso vai para o Juizado Especial Criminal.

A Polícia Militar deverá entrar com uma ação cível contra o vendedor pedindo o ressarcimento do rádio, cujo valor os policiais não souberam precisar. O rádio ficou destruído.





Fonte: Diário de Cuiabá

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