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Polícia Brasil
Segunda - 06 de Março de 2006 às 07:24

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Como diminuir drasticamente o índice de assassinatos em Várzea Grande e, principalmente, na capital? Existe alguma fórmula eficiente? Numa análise fria, Naldson Ramos da Costa, doutor em Sociologia e um especialista em violência urbana, alerta que não existe uma ação imediata, mas um conjunto de programas familiares e sociais voltado para o jovem do sexo masculino, o que mais mata e mais morre.

“Não existe uma fórmula específica. Se existisse seria aplicada e pronto”, assinalou. Ela acrescenta que o trabalho começa na família, sendo necessário haver um programa para manter os laços consangüíneos para que os pais tivessem o controle dos filhos. “Infelizmente, encontramos muitas famílias desestruturadas. Soma-se a isso, a baixa escolaridade. Tudo isso forma um caldo de cultura que leva os jovens para esse mundo (da violência)”.

Como ponto principal, acrescentou Naldson, o poder público tem que criar áreas de lazer voltadas para a juventude, principalmente nos bairros afastados do centro. “Os ricos têm dinheiro e aonde ir. Então, para essa camada social, não há problemas”.

No entendimento do doutor em sociologia, a violência atinge os jovens até 24 anos, uma idade em que a pessoa tem mais coragem, a adrenalina sobe e sempre em busca de desafios. Caso a pessoa não tenha uma formação familiar e psicológica que crie um limite em suas ações, acaba praticando algum tipo de crime.

Segundo ele, o abuso do álcool, rixa de quadrilha e envolvimento com drogas – sendo traficante ou mesmo usuários – são as principais motivações de tantos assassinatos. “Mais da metade das vítimas de assassinatos são jovens até 24 anos”.

Para Naldson, não será possível ainda chegar às taxas européias, que são de três assassinatos para grupo de 100 mil habitantes. Esclareceu que se essa taxa chegar a dois dígitos, caem os governantes. No Japão, o índice é menor ainda: 0,6. (AR)





Fonte: Diário de Cuiabá

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