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Politica Brasil
Sexta - 03 de Março de 2006 às 08:28
Por: Adriana Vandoni

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O carnaval se foi e o ano pode começar. Adeus a festa profana! Que seja bem vinda a Quaresma, um tempo de conversão. Tempo para nos arrepender de nossos pecados e de mudar algo de nós para sermos melhores e poder viver mais próximos de Cristo. Por falar em Cristo, que história é essa do Deputado Wellington Fagundes dizer que é cunhado de Jesus Cristo? Ah! Deixa pra lá, é cada uma que parece duas.

A Quaresma é um convite a uma vida nova, é o período de 40 dias desde a Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo de Páscoa. Engraçado, porque quarenta dias? O que significa esse número 40? Que intrigante! É o seguinte, na Bíblia o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o tempo de nossa vida na terra, vida de provações e dificuldades. Tudo isso é simbólico para nos fazer entender que o importante é bem empregar o nosso tempo de vida.

Até encontrar a definição da Bíblia muitas coisas passaram pela minha cabeça, eu só sabia que o Dilúvio tinha durado 40 dias e quarenta noites. Neste mundo mundano descobri que o número 40 tem tantos significados... é o número de municípios que a Assembléia de MT quer criar, é a quantidade de ladrões que seguiam Ali Babá, também remete a quarentena que pode ser o período subseqüente à ocupação de um cargo público estratégico ou período de isolamento em função de doenças contagiosas, enfim, o número quarenta e suas variações possuem as mais diversas definições e significados.

Sanada a minha curiosidade quanto ao instigante e cabalístico número quarenta, concentro-me na essência da Quaresma, este período mágico que nos convida a refletir e redimir do que passou. Particularmente acredito que neste mundo nem tudo está perdido porque o ser humano é capaz das mais dignificantes e edificantes atitudes.

E foi assim que este ano a Quaresma começou, com uma ação edificante e virtuosa. Num tempo onde a desconfiança e as más condutas se proliferam, criar mecanismos para fiscalizar a própria conduta é uma dádiva que o início da Quaresma nos trouxe. A criação de uma Comissão de Ética na Assembléia Legislativa de Mato Grosso é algo admirável. Esse é o que mais aprecio na política e nos políticos, a capacidade que eles têm de entender o clamor popular, de compreender o desejo da população.

Uma importante iniciativa do deputado José Riva, demonstrando desapego e altivez.

Também, quero ver! Há há ha! Daqui pra frente, os deputados mal intencionados hão pensar duas vezes antes de faltar com o decoro, a exemplo do que acontece na camara federal.

Só me falta acabar com o quebra-cabeça que estou montando, quem comporá a Comissão? Bem, por justiça deveria ser presidido pelo próprio Riva. E o relator?, pela total sintonia seria Eliene. E Vice?, Bosaipo ou Silval, uai!

Triiiiiiiiiimmmmmm Fechou o balaio.

Agora, cá entre nós, juro guardar segredo por quarenta anos, mas contem pra mim: “ocês já tem alguém na mira, pra investigá?”.

Adriana Vandoni é economista, especialista em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas / RJ. Articulista do Jornal A Gazeta Cuiabá / MT. E-mail: avandoni@uol.com.br Blog: argumento.bigblogger.com.br





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