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Internacional
Quinta - 02 de Março de 2006 às 17:33

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O líder trabalhista israelense Amir Peretz, prometeu hoje respeito e paz ao presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assim como combater o terrorismo, que definiu como "o maior perigo no Oriente Médio".

"O presidente Abbas concordou comigo em que nossos respectivos povos devem ver no terrorismo a principal ameaça para o futuro nesta zona", disse Peretz aos jornalistas após a reunião que manteve hoje com o máximo dirigente da ANP, que aconteceu na ponte Allenby, fronteira entre Cisjordânia e Jordânia.

Segundo fontes trabalhistas, os dois dirigentes determinaram que começarão a negociar a paz "de imediato" se Peretz chegar a formar o Governo de Israel, depois das eleições legislativas neste país, no próximo dia 28.

As pesquisas pré-eleitorais indicam como opção mais forte uma coalizão de Governo entre o partido Kadima (formado pelo primeiro-ministro Ariel Sharon e atualmente liderado pelo chefe do Executivo interino, Ehud Olmert), com os trabalhistas e, eventualmente, a formação de centro-esquerda Meretz.

O presidente da ANP, que esteve acompanhado pelo encarregado das negociações com Israel, Saeb Erekat, disse que "o terrorismo é um assunto dos dois povos".

Peretz informou a Abbas sobre suas recentes visitas ao rei Muhammad IV do Marrocos e ao presidente egípcio, Hosni Mubarak, e disse que "ambos estiveram de acordo em que é preciso fortalecer o eixo moderado" no Oriente Médio.

Um membro da delegação do Partido Trabalhista, o deputado e general na reserva Matan Vilnai, disse à imprensa que Israel "deve negociar com a ANP e seu presidente como se não existisse o Hamas".

Abbas encomendou a formação do novo Governo palestino a Ismail Haniyeh, que liderou a lista do Hamas nas eleições de 25 de janeiro.

"Quero esclarecer que nós não somos inimigos do mundo islâmico, do mundo árabe ou do povo palestino", afirmou Peretz, ressaltando que "nós somos contra o terrorismo, e nisto todo o povo está unido em Israel".

Ao concluir a reunião com Peretz, Abbas disse aos jornalistas que "espero que este seja o princípio do processo de paz", estagnado desde janeiro de 2001 e promovido desde 2003 pelo Quarteto de Madri - Estados Unidos, União Européia (UE), Rússia e ONU - com o Mapa do Caminho como documento de trabalho e plano de paz.





Fonte: EFE

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