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Cultura
Terça - 28 de Fevereiro de 2006 às 09:14

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A criatividade do carnavalesco Paulo Barros, da Unidos da Tijuca, e a competência da Mangueira foram os grandes destaques do segundo dia de desfile do Grupo Especial das escolas de samba do Rio de Janeiro. As duas agremiações se somam a Beija-Flor, Imperatriz Leopoldinense e Vila Isabel como as principais favoritas ao título. A apuração acontece na quarta-feira.

A Tijuca, vice-campeã em 2004 e 2005 e que desde então é a responsável pelas principais novidades mostradas no Carnaval carioca, voltou a surpreender com o enredo Ouvindo tudo que vejo, vou vendo tudo que ouço, que abordou a história da música usando Mozart como gancho.

A Mangueira, segunda a entrar na Marquês de Sapucaí, mostrou organização e uma perfeita evolução mesmo diante de sua gigantismo (quase 5 mil componentes desfilaram). O enredo Das águas do Velho Chico, nasce um rio de esperança, como é hábito quando a escola se apresenta, foi saudado pelo público aos gritos de "é campeã".

Depois de se aventurar por um enredo futurista no ano passado, a escola apostou num desfile bastante tradicional. Desta vez, o carnavalesco Max Lopes não quis saber de economizar no verde e rosa nem no tamanho dos carros.

Graças à instalação de elevadores hidráulicos, a Mangueira pôde se dar ao luxo de trazer alegorias enormes, que ¿encolhiam¿ para passar sob torres. Luxo foi o que não faltou nas fantasias e alegorias.

Atraso A Porto da Pedra foi a primeira a se apresentar, mas uma série de problemas com carros alegóricos atrapalhou o desfile. Um deles, quebrado, teve de ser abandonado no meio da avenida. A escola, que cantou o enredo Bendita és tu entre as mulheres do Brasil, ainda atrasou em um minuto e vai perder pontos.

Mesmo contando com a atriz Juliana Paes à frente da bateria, a Viradouro não conseguiu empolar a Marquês de Sapucaí com o enredo Arquitetando folias, sobre a história da arquitetura. A culpa foi da Mangueira, que tinha acabado de se exibir.

O contraste entre as escolas ficou visível. À Viradouro, faltaram soluções melhores para as fantasias. A bateria, porém, de um show à parte, e provavelmente vai conquistar as quatro notas dez do quesito.

A Mocidade Independente comemorou 50 anos com um desfile cheio de brilho e com poucas incorreções. Faltou, apenas, mais empatia com o público. Na arquibancada, a platéia reagiu com pouca empolgação ao enredo A vida que pedi a Deus.

Já na manhã de terça-feira, a Império Serrano voltou à origens e fez um desfile agradável, apesar de num patamar abaixo de suas concorrentes principais. Com O Império do Divino, a escola mostrou uma bateria competente e fantasias e alegorias adequadas ao enredo.

A Portela encerrou os desfiles com o enredo Brasil marca tua cara e mostra para o mundo. Seus componentes mostraram garra, mas a chuva prejudicou a apresentação. A primeira porta-bandeira da escola, Andréia, teve de desfilar descalça porque ficou com medo de cair.

Alegorias grandes e bem trabalhadas deram um tom especial à apresentação portelense, maior campeã carioca, com 21 títulos. Entretanto, há 22 anos a escola não levanta o campeonato.





Fonte: Terra

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