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Meio Ambiente
Terça - 28 de Fevereiro de 2006 às 07:21

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Um primeiro estudo científico sobre o impacto da gripe aviária na fauna e na biodiversidade será apresentado agora, em março, no Brasil, durante uma reunião da conferência das partes signatárias da Convenção sobre Diversidade Biológica, de acordo com o secretário responsável.

O estudo reunirá os conhecimentos de especialistas do mundo todo, incluindo os países já afetados pela gripe das aves, anunciou nesta segunda-feira, em uma nota, o secretário-executivo da Convenção, Ahmed Djoghlaf, cuja sede fica em Montreal.

Os especialistas, sobretudo veterinários, biólogos e juristas, começaram a compartilhar seus conhecimentos e informações em um fórum eletrônico, cujo endereço é http://www.biodiv.org/other/avian-flu.shtml.

Os resultados desta avaliação serão apresentados em 19 de março, na 8ª reunião da Conferência das Partes, que acontecerá em Curitiba e da qual devem participar mais de 100 ministros do Meio Ambiente, completa a nota.

"A gripe aviária nos leva a prever uma ameaça potencialmente negativa sobre a fauna selvagem e pode ter efeitos devastadores nos nossos ecossistemas e modos de vida", declarou Djoghlaf.

"Está provado que o vírus H5N1 pode infectar, além das aves e pássaros migratórios, um certo número de outros animais na natureza ou no cativeiro, entre eles alguns pertencentes a espécies ameaçadas", alertou.

Segundo ele, algumas espécies de animais selvagens podem se tornar um "importante reservatório e um vetor" do vírus ou servir de "amplificador" para sua transmissão entre os humanos.

"É preciso encarar também o impacto potencial sobre a biodiversidade de medidas de prevenção tomadas contra a gripe aviária", completou.

Neste sentido, "o continente africano é particularmente vulnerável, já que as medidas de contenção e vacinação dos pássaros nem sempre estão disponíveis. Quando a ave é sacrificada em larga escala, a população local é privada de uma importante fonte de proteína", sob o risco de "uma pressão crescente sobre a fauna selvagem e os peixes e de um crescimento, conseqüentemente, da pobreza nos países pobres", sentenciou.





Fonte: AFP

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