Passeatas em Oxford a favor e contra experiências com animais

Defensores e adversários da utilização de animais em experiências científicas promoveram hoje manifestações simultâneas na cidade universitária britânica de Oxford, onde está sendo construído um laboratório de pesquisas biomédicas. Desafiando as ameaças feitas durante as últimas semanas pelos defensores dos animais, 500 estudantes, professores e simpatizantes expressaram publicamente seu apoio ao novo laboratório.

Ao mesmo tempo, um grupo dedicado à defesa dos direitos dos animais protestou ruidosa mas pacificamente contra a construção do centro, que é cercada por fortes medidas de segurança.

O polêmico projeto suscitou ameaças contra Oxford e seus colaboradores por parte da chamada Frente de Libertação Animal, que declarou todos os estudantes da prestigiosa universidade britânica alvos legítimos de sua violência.

Os defensores do novo centro científico, cuja construção custará cerca de 27 milhões de euros, afirmam que os testes em animais são "essenciais" em muitas pesquisas destinadas a encontrar a cura para doenças humanas.

No entanto, Alistair Currie, da União Britânica a favor da Abolição da Vivissecção Animal, argumenta que esse tipo de experiência "pertence ao passado".

O movimento a favor dos experimentos com animais, batizado Pró-Teste, foi lançado por Laurie Pycroft, um estudante de 16 anos que disse estar de saco cheio de só ver manifestações dos que se opõem a essas práticas.

"Estamos vendo como uma minoria dita à maioria do país como deve viver, o que é antidemocrático", segundo o neurocirurgião Tipu Aziz.

"A pesquisa com animais é essencial para o progresso médico e atualmente muitos trabalhos de pesquisa em Oxford estão em situação crítica", acrescenta o cientista.