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Internacional
Terça - 14 de Fevereiro de 2006 às 20:12

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Uma instituição iraniana advertiu hoje que segue em vigor a fatwa (decreto islâmico) que exige o assassinato do escritor britânico Salman Rushdie, acusado de blasfemar contra o Islã, segundo informou a agência iraniana de notícias "Irna".

A advertência foi feita pela "Fundação dos Mártires" em comunicado divulgado hoje, data de mais um aniversário da fatwa decretada pelo fundador da República Islâmica do Irã, o aiatolá Ruholah Khomeini, contra Rushdie, autor do livro "Versos Satânicos", que fala sobre uma parte do Corão supostamente inspirada pelo diabo.

"Versos Satânicos representa a conspiração satânica da arrogância mundial e do sionismo usurpador, que apareceram com a imagem deste demônio que renunciou à fé (Rushdie)", ressalta a nota.

O comunicado avalia que a fatwa ditada em 1989 por Khomeini contra o escritor britânico se baseia na jurisprudência islâmica, e que por isso não pode ser cancelada com o passar dos anos.

A Fundação conclui advertindo que as "idéias doentes e corruptas do grande satã americano, que acolhe esse tipo de gente (Rushdie), nunca desistirão de tais violações, como também daquelas vistas ultimamente em alguns jornais europeus, que publicaram charges ofensivas contra o profeta Maomé".

Segundo o grupo iraniano, o livro de Rushdie e as caricaturas confirmam o ódio que os inimigos têm do Islã e dos muçulmanos.

Algumas organizações ofereceram nos últimos anos recompensas de até US$ 3 milhões para quem matar Rushdie.

A confirmação de vigência do decreto iraniano para assassinar Rushdie ocorre em um momento no qual o mundo árabe e islâmico serve de cenário para uma onda de manifestações e protestos contra as charges de Maomé publicadas em setembro passado por um diário dinamarquês, e que foram reproduzidas em jornais e revistas de várias nações européias.





Fonte: EFE

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